Desde as 22h desta terça-feira, 15, a produção na unidade local da Unilever está paralisada. A greve é por tempo indeterminado, comandada pelo Sindicato dos Químicos de Vinhedo e, de acordo com o órgão, tem como objetivo forçar a empresa a repor no mínimo a inflação no salário dos funcionários.
À reportagem do JV, o Sindicato dos Químicos informou que a paralisação teve início na entrada no terceiro turno, na noite de ontem. Destacou que negocia uma pauta geral com a Fiesp e uma específica com a empresa, mas que ainda não chegaram a um consenso.
Ainda de acordo com o sindicato, a reivindicação é de no mínimo 8,5% de aumento, com base no INPC dos últimos 12 meses. A data-base da categoria é o dia 1° de novembro. A empresa teria oferecido 70% da inflação agora e o restante em julho do próximo ano, o que não foi aceito pelos trabalhadores.
O sindicato informou que são cerca de 700 funcionários em greve. Eles haviam entrado em estado de greve na semana passada e alertado que paralisariam as atividades caso não obtivessem uma resposta positiva para as suas reivindicações.
Não foram registrados incidentes nas primeiras horas de greve. O Sindicato dos Químicos de Vinhedo está no local com faixas de protesto, carros de som e dezenas de representantes mobilizados.
A unidade de Vinhedo da Unilever produz xampu, condicionador, desodorante roll on, sabonete líquido e sabão líquido para lavar roupa, entre outros produtos.
A Unilever enviou um comunicado, informando que a negociação é entre o sindicato e a Fiesp. Abaixo, confira o texto na íntegra:
“Seguindo sua política de transparência, a Unilever Brasil informa que está em linha com a negociação liderada pela Fiesp com todos os sindicatos dos químicos do Estado de S. Paulo.
A companhia aguarda um entendimento entre o Sindicato dos Químicos de Vinhedo com a Fiesp para o fim da paralisação dos trabalhadores em sua fábrica localizada na cidade.
A Unilever Brasil reforça ainda que cumpre todas as leis aplicáveis no País, conduzindo suas operações com integridade, honestidade e transparência.”