A partir desta quarta-feira, 21, voltaram a funcionar normalmente todas as creches de Valinhos, segundo informou a Prefeitura. Na terça-feira, 20, em audiência de conciliação, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o processo e determinou que as auxiliares de desenvolvimento infantil, ou ADI, que estavam em greve desde o último dia 7, voltassem ao trabalho.
De acordo com o TJ, o processo fica suspenso por 30 dias para que, neste prazo, a Prefeitura de Valinhos e o Sindicato dos Funcionários Públicos retomem as negociações e busquem um consenso sobre os itens reivindicados pela categoria.
A Prefeitura e o sindicato não souberam informar quantos dos 253 auxiliares de desenvolvimento infantil ficaram em greve nos últimos 14 dias. As unidades municipais atendem aproximadamente 700 crianças; enquanto que outras 700 estão matriculadas em instituições conveniadas com a administração municipal.
Entre as reivindicações feitas pelo sindicato estão aumento do valor da cesta básica de R$ 80 para R$ 200, alta na referência salarial e também adequação da quantidade de auxiliares de desenvolvimento infantil.
A Prefeitura sustenta que o impacto orçamentário, caso o aumento no cartão alimentação seja oferecido, será de R$ 1,5 milhão por ano. O Executivo alegou ainda que neste momento de crise financeira não há recursos para a concessão do aumento aos 1.100 funcionários com direito ao cartão alimentação.
Durante a audiência, o Sindicato que representa a categoria argumentou que o aumento deveria ser repassado apenas para 253 ADIs – e não para a totalidade dos 1100 funcionários que recebem o cartão alimentação. Esta proposta não foi aceita pela Prefeitura para preservar todos os demais funcionários públicos com direito ao cartão alimentação.
Segundo a prefeitura, os auxilliares e demais servidores tiveram reajuste salarial de 6,23% em janeiro. O salário base da categoria em greve, explica a assessoria, é de R$ 1,2 mil para jornada de seis horas, com 1% de adicional por tempo de serviço a cada ano. Além disso, há auxílio saúde extensivo à família; cartão alimentação de R$ 80 (reajustado em 65% em julho do ano passado, em relação a 2012) também válido para outras 31 categorias.