De acordo com uma pesquisa da Serasa Experian, o primeiro mês do ano contou com 168.944 tentativas de fraudes ao consumidor. Entre elas, o roubo de identidade, em que os dados de uma pessoa são utilizados de forma criminosa para firmar acordos ou obter crédito, foi uma das formas mais comuns de lesão ao comprador.
O estudo relatou que no país houve uma tentativa de fraude a cada 15,9 segundos. Apesar de alto, o número não apresentou uma grande variação ou aumento que pudesse ser considerado significativo em relação aos dados encontrados em dezembro do ano passado, quando o índice chegou a 168.878 tentativas de golpe. No entanto, quando comparado aos dados do mesmo período em 2014, houve uma queda de aproximadamente 9,4%.
Baixa na confiança
Segundo os economistas da Serasa Experian, o número em queda quando comparado a janeiro de 2014 tem a ver principalmente com o atual quadro recessivo na economia, que acaba levando com que consumidores deixem de confiar no mercado e evitem ampliar seus gastos. Ou seja, as compras são reduzidas para diminuir o endividamento. Com menos gente indo às compras, a possibilidade do consumidor ser enganado e se tornar vítima de alguma fraude também tende a cair.
As tentativas de golpe costumam acontecer principalmente quando o consumidor fornece seus dados para cadastros na internet sem verificar a segurança e a idoneidade das páginas. Em alguns casos, os criminosos chegam a comprar um telefone e dão um endereço para comprovar a residência, fazendo com que a vítima demore a perceber a armação.
Para evitar correr qualquer risco na web, o ideal para quem tem o hábito de comprar e movimentar as contas pela internet é contratar um serviço de consulta constante do CPF, que faz um monitoramento integral e informa o contratante em caso de movimentação suspeita. Por outro lado, além disso, ao efetuar uma compra na web, é importante também conhecer cada detalhe do comércio e, se possível, consultar seu CNPJ para ter certeza que a empresa não está relacionada a atividades fraudulentas.
Principais setores
O setor de telefone foi o que mais contabilizou fraudes: 71.478, representando 42,3% do total. Em 2014, esse campo esteve relacionado a 45,2% das fraudes. Já os serviços e seguradoras em geral dizem respeito a 28% do total, com 47.356 registros de tentativas de golpes. O setor bancário ocupou o terceiro lugar do ranking, com 20,6%, ou seja, de 34.826 investidas de golpistas.