Resultados de uma pesquisa inédita, publicada pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), revelam que 89% dos adultos brasileiros não estão cientes de quão comum são as fraturas causadas pela osteoporose em homens mais velhos. Com um em cada cinco homens com mais de 50 anos de idade afetados, os dados confirmam que, apesar de comum e debilitante, a osteoporose ainda é um problema de saúde subestimado e negligenciado.
A pesquisa mostrou que no Brasil 89% dos entrevistados, e 90% de todos os participantes do sexo masculino com mais de 50 anos, subestimou o risco de um homem sofrer uma fratura ou disseram que não sabiam quase nada sobre este assunto. Isso indica que milhões de homens no Brasil, assim como em outras partes do mundo, continuam a ignorar a vulnerabilidade a que estão sujeitos, com risco fraturas, dor, perda de mobilidade e morte prematura.
De acordo com esta pesquisa internacional – realizada em homens e mulheres de 12 países, essa falta de conhecimento é universal e independente do gênero ou da geografia. O reumatologista Cristiano Zerbini, membro de Board Global da IOF e Diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic), em São Paulo, explica que a osteoporose é uma doença que torna os ossos fracos e propensos a quebrar com facilidade. “Por ser mais comum em mulheres na pós-menopausa, o público em geral, e até mesmo os médicos, muitas vezes não percebem que a osteoporose também é um problema de saúde sério para os homens mais velhos”, afirmou o médico.
Devido ao envelhecimento da população, a expectativa é que o número total anual de fraturas de quadril aumente acerca de 32% – de 121.000 em 2010 para 160.000 em 2050. “Estes tipos de fraturas são os mais devastadores e com maior risco de vida em idosos – especialmente em homens que sofrem mais em termos de morbidade e mortalidade”, concluiu Zerbini.