No último sábado, 1, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo atingiu a marca dos R$ 200 bilhões. Esse valor, referente ao que o brasileiro paga em impostos, taxas e contribuições desde o 1º dia do ano, foi mais alto se comparado ao ano passado. Em 2013, os R$ 200 bilhões foram atingidos somente 11 dias depois, em 14 de fevereiro.
O presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Rogério Amato, destaca que a maior parte de todo esse dinheiro arrecadado vai para gastos de custeio e não de investimento, o que atrasa o desenvolvimento do Brasil. “Nesta semana, recebemos a notícia de que os gastos do governo federal atingiram um recorde histórico em 2013 e que os investimentos cresceram muito pouco. Isso mostra que o problema das finanças públicas não está do lado da receita, mas sim do lado do gasto, da despesa”, afirma Amato.
Para a presidente da ACIC, Adriana Flosi, os números mostram claramente que a carga tributária imposta aos brasileiros é muito alta. Ela defende que se os tributos sobre os empreendedores fossem menores, esses recursos poderiam ser aplicados em inovação, melhoria no atendimento ao consumidor e geração de mão de obra. “É importante que toda a população atente para os números do Impostômetro. Eles mostram, com transparência, o volume da arrecadação de impostos. Dessa forma, todos estão mais conscientes em relação à necessidade de fiscalizar como as autoridades fazem a gestão dos recursos públicos e melhoram a prestação de serviço ao cidadão”, afirma.
Localizado na Rua Boa Vista, centro da capital paulista, o Impostômetro aponta o valor total de impostos destinados à União, aos estados e aos municípios. Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos e também visualizar o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado.
Impostos no Carnaval
Nem na hora da folia o brasileiro vai escapar da alta carga tributária. Do preço da serpentina e do confete, 43,83% são de impostos. No spray de espuma são 45,94%. A máscara de plástico tem 43,93% e a máscara de lantejoulas possui 42,71%. E na hora de comprar a fantasia, o folião vai pagar mais de 30% de imposto. Os dados são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) – cujos dados abastecem o Impostômetro.