O mercado de trabalho não só do país, mas da Região Metropolitana de Campinas, tem mostrado cada vez mais interesse em mão de obra qualificada com ensino superior. É o que foi divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 24. De acordo com o Instituto, o salário médio de empregados com nível superior alcança em média R$ 4.135,06. Já o de empregados sem essa qualificação atinge em média R$ 1.294,70. Mas não somente, o crescimento do profissional com esse ensino também superou o dos empregados sem nível superior, 8,5% contra 4,4%, evidenciando a preferência.
Os dados são do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), que analisou 5,1 milhões de organizações em 2011, das quais 89,9% eram Entidades Empresariais, que absorveram 75,5% do pessoal ocupado total, 72,4% do pessoal ocupado assalariado e pagaram 63,4% dos salários e outras remunerações. Apesar de predominantes, as Entidades Empresariais pagaram os salários mensais mais baixos (em média, R$ 1.592,19).
A Administração Pública, embora com somente 0,4% das organizações (18,1% do pessoal ocupado total, 20,9% do pessoal ocupado assalariado e 30,2% dos salários e outras remunerações), pagou os mais elevados (R$ 2.478,21). As Entidades sem Fins Lucrativos (9,7% das organizações) ficaram em segundo lugar, com R$ 1.691,09. Elas foram responsáveis por 6,4% do pessoal ocupado total, 6,6% do pessoal ocupado assalariado e 6,3% dos salários pagos no ano.
As empresas e outras organizações formais ativas ocuparam 52,2 milhões de pessoas, sendo 45,2 milhões (86,6%) de assalariados e 7 milhões (13,4%) na condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações somaram R$ 1 trilhão, com salário médio mensal de R$ 1.792,61 (3,3 salários mínimos). Na comparação com 2010, o total de salários e outras remunerações aumentou 8,0% e o salário médio mensal, 2,4%, em termos reais. O número de empresas e outras organizações ativas manteve-se o mesmo, mas o pessoal ocupado total cresceu 4,9% (2,4 milhões), o pessoal ocupado assalariado, 5,1% (2,2 milhões) e o número de sócios e proprietários, 3,8% (256,2 mil).
O CEMPRE reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações (administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais), formalmente constituídas, presentes no país, e suas respectivas unidades locais (endereços de atuação das empresas e outras organizações). A publicação completa está disponível na página online do IBGE.
Homens recebem 25,7% a mais que mulheres
Quanto ao sexo, o aumento do número de mulheres, entre 2010 e 2011, foi superior ao de homens, 5,7% e 4,7%, respectivamente, mas os homens continuam a predominar, numericamente (57,7% contra 42,3%) e continuam a ganhar mais: em média, R$ 1.962,97, 25,7% a mais do que a média recebida pelas mulheres (R$ 1.561,12). As mulheres receberam o equivalente a 79,5% dos salários dos homens, porém, seus salários médios tiveram um aumento real ligeiramente superior: 2,5% contra 2,4%.