As vendas de novembro de 2012 na RMC tiveram crescimento reduzido por conta dos feriados prolongados. A expansão foi de 1,95% sobre outubro passado e de 1,38% sobre novembro de 2011. Os dados são do SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito, divulgados pela Acic – Associação Comercial e Industrial de Campinas.
O número de dias úteis menor foi o fator determinante para a redução nas vendas de novembro, que apresentou três feriados interligados com pontes de compensação. No acumulado do ano (janeiro a novembro) a expansão chegou a 3,29%.
O faturamento de novembro de 2012 na RMC atingiu R$ 2.020,6 bilhões e, no acumulado (janeiro a novembro), ficou cerca de R$ 19.169,0 bi, 4,37% acima do mesmo período de 2011.
A inadimplência caiu 4,84%, apresentando 398.501 carnês vencidos a mais de 30 dias e não pagos neste ano, contra os 380.103 do ano passado. Esse índice significa que, para cada 100 vendas a prazo cerca de cinco não são pagas na RMC.
O total da inadimplência atinge, atualmente, cerca de R$ 518 milhões, que deixam de circular no comércio regional. A perspectiva para o final do ano é de uma expansão de vendas acima de dois dígitos, podendo chegar aos 11% em relação ao Natal do ano passado, impulsionadas pela injeção de cerca de R$ 1,9 bilhões do 13º salário na economia regional. Também deve-se considerar que 50% desse montante já deve ter sido liberado no final de novembro e, o restante, até o dia 20 de dezembro.
A devolução de cheques sem fundos no período de janeiro a outubro de 2012 mostra que, na RMC, em quantidades nominais, houve uma redução (-3,36%). No entanto, no índice relacionado ao total de cheques sem fundos sobre o total de cheques compensados (falta de fundos/compensados), houve uma elevação de 0,15 pontos percentuais, passando de 1,69 (2011) para 1,84 (2012).
Isso significa que, para cada 100 cheques emitidos 1,84 são devolvidos por falta de fundos.
A taxa de juros está em queda em Campinas e região, mas os spreads continuam altos, fazendo com que os juros na ponta se distanciem da taxa básica determinada pelo Bacen – Banco Central – que, com a meta de reduzir a inflação, está levando as taxas de juros real a nível de 2%, compatível com os juros internacionais.
Lembrando que, de acordo com o Bacen, spreads é a diferença, ou espaço, entre as taxas de empréstimos e a média ponderada das taxas de captação do certificado de depósito bancário. A taxa de captação se refere a quando alguém deposita dinheiro no banco, seja por meio de poupança ou outra aplicação, e recebe uma taxa de juros como remuneração por emprestar ao banco. Logo, a taxa de empréstimo se refere aos juros cobrados pelo banco ao emprestar dinheiro para alguém.