Começa a funcionar, quinta-feira, 18 de setembro, a primeira unidade da Farmácia Popular no município de Itatiba, São Paulo. Esta será a 71ª unidade no estado, com capacidade para atender mais de 91 mil pessoas beneficiadas pelo programa. Na nova instalação, foram investidos R$ 50 mil para adaptação do espaço físico, além de móveis e equipamentos cedidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde. O município receberá um incentivo mensal de R$ 10 mil para a manutenção da nova unidade.
Ao todo, o Brasil conta com outras 478 farmácias populares. São 380 municípios atendidos pelo programa e cerca de 88 milhões de pessoas são assistidas. A meta do Ministério da Saúde é implantar mais 134 unidades nos próximos meses.
Os remédios, produzidos em laboratórios públicos e privados, são comprados pela Fundação Oswaldo Cruz. Dessa forma, é possível obter uma redução de até 90% no preço dos produtos em relação ao mercado.
São oferecidos 107 tipos diferentes de medicamentos entre frascos, cartelas, bisnagas, injetáveis e preservativos masculinos, todos de acordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) que considera as prioridades nacionais de saúde, segurança, eficácia terapêutica, qualidade, além da disponibilidade de produtos. Os três remédios mais procurados são sinvastatina (redutor de colesterol), omeprazol (contra gastrite) e captopril (usado no tratamento de doenças cardiovasculares).
Rede Nacional
Além das 479 farmácias populares, o programa mantém parcerias com drogarias privadas. Em toda a rede nacional, o programa conta com 6.220 estabelecimentos credenciados à Farmácia Popular. Apenas em São Paulo são 1.778 farmácias conveniadas e seis no município de Itatiba. Essas unidades possuem a marca “Aqui tem Farmácia Popular” e oferecem à população contraceptivos femininos, além de medicamentos contra a hipertensão e diabetes com descontos de até 90%, mediante a apresentação da receita médica e do CPF do usuário no ato da compra.
Criado em 2004, o programa objetiva ampliar as ações de assistência farmacêutica e o acesso da população aos medicamentos, em especial os de uso contínuo como anticoncepcionais e os indicados para o tratamento de doenças crônicas. Com recursos próprios, a Farmácia Popular não visa o lucro, já que os remédios são distribuídos a preço de custo, e não interfere nas ações de suprimentos para o SUS.