O número de
pessoas beneficiadas em São
Paulo com remédios para asma cresceu em 77% desde o dia 4 de
junho, quando foram incluídos três novos medicamentos no Saúde Não tem Preço,
ação integrante do programa Farmácia Popular. A comparação é com os 60 dias que
antecedem a gratuidade destes antiasmáticos. Em dois meses, o número de
pacientes atendidos no estado passou de 12.331 para 21.853. Em todo o país,
mais de 141 mil pessoas tiveram acesso aos medicamentos, um aumento de 94% se
comparado ao mesmo período antes da iniciativa.
O Ministério da
Saúde decidiu incluir os medicamentos para asma no programa por constatar que,
após a gratuidade da hipertensão e diabetes, a venda dos antiasmáticos foi a
que mais cresceu nas farmácias populares, chegando a 322% de aumento em um ano.
Com intuito de aumentar o acesso e diminuir o número de internações pela
doença, a partir de junho, o governo assumiu a contrapartida que era paga pelo
cidadão e começou a oferecer de graça três antiasmáticos em 10 apresentações:
brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol.
Em todo o país, são mais de 20 mil farmácias, entre públicas e particulares,
que distribuem os medicamentos. Em
São Paulo, são 4.423 farmácias.
Para retirar os
medicamentos, basta apresentar documento com foto, CPF e a receita médica
dentro do prazo de sua validade.
Genéricos:
Com a oferta
gratuita dos medicamentos para asma, a procura pelos genéricos para combater a
doença também aumentou. Se comparado a distribuição dos medicamentos de
referência e similares para asma, os genéricos tiveram um aumento de 141%
durante os 60 dias da gratuidade. “Medicamentos para hipertensão, diabetes e
asma, que estão na gratuidade e atendem as necessidades de saúde, geram mercado
para produção no país”, explica o secretário de Ciência e Tecnologia do
Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Com preços até 65%
menores do que os dos produtos de referência, os genéricos vêm ganhando espaço
no mercado brasileiro. Enquanto em 2002 eles representavam 5,7% do mercado de
medicamentos (em termos de unidades), atualmente são responsáveis por 24%.