O Balanço Energético produzido pela Secretaria Estadual de Energia e Mineração mostrou que em 2015 o Estado de São Paulo registrou a maior queda no consumo de energia dos últimos 14 anos. A retração foi de 4,2%.
A indústria registrou a maior queda, com recuo anual de 6,4%. Só no mês de novembro, a baixa foi de 10,1%, em comparação com o mesmo mês de 2014.
Em seguida aparecem as áreas diversas (rural, iluminação pública, setor público e consumo próprio) com diminuição de 4,3%, o residencial com queda de 3,6% e por último o comercial, que teve variação negativa de 0,8%.
Para o secretário de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles, a queda de todos os indicadores de consumo de energia elétrica no Estado de São Paulo é resultado de uma combinação de três fatores. “São Paulo conta com o maior parque industrial, centro de carga e população do país. A forte desaceleração da economia nacional, o aumento do desemprego e a adoção de bandeiras tarifárias refletiram diretamente no consumo de energia elétrica nos setores residencial, industrial e comercial”, explicou.
O Estado de São Paulo consumiu 130.695 GWh no ano passado. Em 2014, o consumo foi de 136.359 GWh.
O Estado de São Paulo não registrava queda no consumo de energia elétrica desde 2009, quando houve retração de 0,7%. Nos últimos 20 anos a maior diminuição do consumo aconteceu em 2001, com baixa de 9,4%. A maior taxa de crescimento aconteceu em 2010, 5,9% em relação ao ano anterior.
Residencial
O setor residencial consumiu 29,1% do total do Estado. Apenas janeiro registrou alta, 7,9%. Os outros 11 meses apontaram retração, sendo que novembro foi o mês com a baixa mais forte, 7%.
Industrial
A indústria, que responde por 37,4% do consumo de energia elétrica no Estado, sofreu a maior queda. Os 12 meses registraram retração, sendo que novembro e dezembro foram as baixas mais significativas, com 10,1% e 8,9, respectivamente.
Comercial
O setor comercial manteve o consumo de energia praticamente estável em 2015. Fevereiro foi o destaque negativo com queda de 4,8%, já junho apresentou a maior alta, 3,6%.