Na noite de quinta-feira, 25, em assembleia no Sindicato, os bancários de Campinas e região, por unanimidade, rejeitaram proposta da Fenaban e aprovaram greve a partir do próximo dia 30 e por tempo indeterminado, nos bancos públicos e privados.
Entre outros pontos, a proposta da Fenaban prevê reajuste salarial de 7% (inflação dos últimos 12 meses, setembro de 2013 a agosto 2014, mais 0,61% de aumento real) e 7,5% no piso salarial (1,08% acima da inflação).
Na segunda-feira, 29, os bancários se reúnem novamente em assembleia na sede do Sindicato, às 19h, para deflagrar a paralisação, que será nacional. “A categoria rejeitou a proposta por ser insuficiente, por não contemplar as reivindicações econômicas e sociais em sua totalidade. É possível um índice de reajuste maior, assim como uma PLR mais justa, diante da alta lucratividade dos bancos. E mais: a greve busca garantir melhorias em temas prioritários da categoria como emprego, metas abusivas, segurança e igualdade de oportunidades”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região e integrante do Comando, Jeferson Boava.
Confira as principais reivindicações:
Reajuste salarial de 12,5%.
PLR: três salários mais R$ 6.247.
Piso: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.