A partir da próxima segunda-feira, 27, o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), dará início à Campanha de Vacinação contra a Poliomielite (paralisia infantil). A iniciativa, que se estenderá até o dia 14 de junho, tem como objetivo ampliar a cobertura vacinal entre crianças menores de cinco anos. Para a imunização, é essencial que os pais levem as crianças a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com a caderneta de vacinação.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode levar à paralisia muscular irreversível dos membros inferiores e, em casos graves, ao óbito. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a doença.
Ligia Nerger, diretora de Imunização da SES, enfatiza a importância da campanha: “A poliomielite acaba trazendo complicações ao longo da vida, que chamamos de síndrome pós-pólio. Mas, graças à vacinação, nós não temos contato com pessoas que foram afetadas. No entanto, ainda há a circulação do vírus no mundo. Por isso, a estratégia de vacinação existe: além de proteger nossas crianças, contribui com a erradicação da poliomielite”.
A meta da campanha é imunizar 95% das crianças entre um e cinco anos de idade. Em 2022, a cobertura vacinal no estado foi de 77,13%, aumentando para 85,65% em 2023, segundo dados do Painel de Monitoramento das Coberturas Vacinais do Ministério da Saúde.
O Brasil está em processo de transição para substituir as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite (VOP) por uma dose de reforço com vacina inativada poliomielite (VIP), prevista para o segundo semestre de 2024.
Sintomas da Poliomielite
A maioria das pessoas infectadas pelo poliovírus não apresenta sintomas ou manifesta sintomas leves, semelhantes a outras doenças virais, como:
- Febre
- Mal-estar
- Dor de cabeça
- Dor de garganta e no corpo
- Sintomas gastrointestinais (náuseas e vômitos)
- Constipação (prisão de ventre)
- Espasmos
- Rigidez na nuca
- Meningite
A campanha de vacinação é uma estratégia crucial para evitar a reintrodução do poliovírus no Brasil e proteger as crianças contra esta doença debilitante.