Levantamento da Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo aponta que a cada dia, em média, seis paulistas
são atendidos em hospitais vítimas de ataques de enxames de abelhas. De janeiro
a julho deste ano foram 1.291 registros em todo o Estado, segundo dados
informados pelos municípios ao Centro de Vigilância Epidemiológica – CVE – da
pasta. Houve quatro mortes. Campinas é uma das regiões que possui maior número
de acidentes, 218 notificações.
Piracicaba também possui 218
notificações, seguido de Botucatu, com 118 casos, e Araraquara, com 114 casos. No
ano passado, as notificações foram 2.080, dentre elas, três mortes.
Assim como escorpiões, aranhas e
serpentes, as abelhas também são consideradas animais peçonhentos, em razão do
veneno contido nos ferrões. Mas, no caso das abelhas, a notificação só é
compulsória em caso de vítimas de enxames.
“O efeito do veneno varia de
organismo para organismo. Dependendo do número de ferroadas, da quantidade de
veneno injetado e da demora em busca de auxílio médico, os ataques podem levar
uma pessoa a morte caso ela seja alérgica, por exemplo”, afirma Joseley
Casemiro Campos, técnica da zoonoses do CVE.
Segundo ela, os acidentes
normalmente estão relacionados ao ambiente de trabalho, como lavouras. Por
isso, algumas medidas de prevenção são fundamentais para evitar os ataques.
Entre elas, recomenda-se o uso de roupas adequadas e claras, preferencialmente
brancas, em caso de manipulação das colmeias, já que o uso de cores fortes pode
desencadear um comportamento agressivo das abelhas.
Além disso, é recomendável o uso de
chapéus e roupas de manga em locais propícios ao aparecimento de enxames. Em
caso de acidente, a dica é retirar os ferrões com pinças e procurar o serviço
de saúde mais próximo.
“Não se deve, de forma alguma, espremer o ferrão para que ele saia, porque
isso pode fazer com que ele libere mais veneno”, explica Joseley.