Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer – Inca, em 2012, estimam-se 10.589 novos casos de câncer de tireóide no Brasil, com um risco de 11 casos a cada 100 mil mulheres. O câncer de tireóide é três vezes mais frequente em mulheres.
"O câncer de tireoide é um conjunto de alterações tumorais que podem acontecer na glândula tireoide. O tipo mais comum é o carcinoma papilífero, responsável por cerca de 80% dos casos de câncer de tireóide, o mesmo diagnosticado no início em Cristina Kirchner. Este tipo de câncer pode ocorrer em qualquer idade, porém há predomínio dentre os 30 a 50 anos, principalmente no caso do tumor papilar da tireoide", explica Dr. Hezio Jadir Fernandes Jr, oncologista clínico e diretor do Instituto Paulista de Cancerologia – IPC.
O sintoma mais comum deste tipo de câncer é o surgimento de nódulo palpável na tireoide, região baixa do pescoço. A maioria dos nódulos acaba sendo diagnosticado por meio de um exame de rotina, seja a palpação da tireoide por um médico ou a realização de uma ultrassonografia. Neste caso, pode-se encontrar nódulos muito pequenos, o que oferece uma perspectiva de cura precoce.
Quando maligno, o tratamento do câncer da tireoide é cirúrgico. Dr. Hezio explica que "a cirurgia poderá envolver a retirada de toda tireoide, a retirada parcial da mesma, assim como a abordagem dos gânglios linfáticos ao redor da glândula". Nos principais tipos de câncer de tireoide – papilífero e folicular – preconiza-se a terapia com iodo radioativo, visando ‘matar' as possíveis células tumorais residuais.