Comércio em São Paulo apresenta baixo faturamento em maio

propaganda do Google Artigo Top

O comércio paulista, pela terceira vez seguida, registrou encolhimento de vendas com faturamento de R$ 43,2 bilhões em maio, valor que é 2% abaixo do apurado no mesmo mês de 2013. Os números são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.

Com essa queda, o desempenho do varejo estadual em 2014 sofre novo revés, avançando 1,5% nos cinco primeiros meses do ano, abaixo dos 2,5% de crescimento até abril.

O recuo de receita de vendas em maio foi causado pelos resultados negativos apontados por três atividades agrupadas na pesquisa. O mais significativo deles, pela relevância do segmento para o comércio em geral, foi registrado pelas concessionárias de veículos, que faturaram R$ 5,9 bilhões, após queda de 16%. As lojas de materiais de construção obtiveram faturamento de R$ 3,2 bilhões, com recuo de 9,3% no período. A maior diminuição porcentual, no entanto, foi a que sofreu a receita das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-23,6%), somando R$ 2,3 bilhões no mês.

Por outro lado, o comportamento positivo das vendas em seis segmentos segurou uma redução maior da receita do varejo paulista. Os supermercados, por exemplo, que em termos relativos formam a principal atividade do comércio no Estado, conseguiram R$ 12,5 bilhões em maio – crescimento de 2,9% sobre o mesmo mês do ano passado.

Outro importante segmento que registrou elevação de faturamento no período foi o de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 1,1% de alta, aos R$ 4,3 bilhões. Mas o melhor desempenho foi atingido pelas farmácias e perfumarias: ampliação de 8,6%, aos R$ 2,7 bilhões. As lojas de departamentos obtiveram R$ 1,9 bilhão, com variação de 2,1%.

Já os varejistas que atuam na atividade de autopeças e acessórios somaram receita de R$ 810 milhões, após alta de 3,1%. As lojas de móveis e decoração registraram faturamento de R$ 639 milhões, com elevação de 1,6%. As demais atividades do comércio em geral, com destaque para os postos de combustíveis, registraram aumento de 7,2%, atingindo R$ 9 bilhões.

Para os economistas da FecomercioSP, essa terceira queda seguida da receita do comércio em geral mostra claramente a difícil situação enfrentada pelos comerciantes paulistas desde fevereiro de 2014. Conforme recentes sondagens divulgadas pela Federação, até mesmo as datas comemorativas de maior movimento para o comércio – Dia das Mães e Dia dos Namorados – foram prejudicadas pela tendência de freio de consumo da população. As reduções nas vendas para essas datas, inclusive, são esperadas em maior ou menor grau para as próximas edições da PCCV. Além disso, indicadores de confiança tanto de empresários quanto de consumidores estão refletindo o mau humor generalizado diante de taxas de juros elevadas, de altos índices inflacionários e de desaquecimento do mercado de trabalho. Sem sinais de que o cenário econômico brasileiro melhore em curto prazo, também não existem boas perspectivas para o restante do ano.

Propaganda do Google Artigo Baixo