O comércio varejista apresentou em março de 2015, uma expansão de 14,04% sobre as vendas de fevereiro, contudo, apresentou uma queda de 0,59% sobre o volume de vendas de março de 2015. Os dados são da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic).
Essa discrepância entre as variações de fevereiro e março atuais se justificam pelo fato da base de fevereiro ser muito baixa e março ser o mês em que efetivamente o ano comercial se inicia.
Com os dados de março de 2015, o comércio varejista encerra o 1º trimestre com uma perda de 2,34% sobre o volume de vendas do 1º trimestre de 2014.
Essa variação negativa mostra que o comércio de Campinas e região, está sentindo os efeitos macroeconômicos que o país enfrenta, devido ao ajuste fiscal do Governo, para conter a inflação, dos juros e o câmbio, que estão em alta, além do baixíssimo PIB de 0,1% de 2014, publicado pelo IBGE, inibindo os consumidores, à adquirirem Bens e Serviços, face à queda no seu poder de compras, e na perda de confiabilidade nos principais agentes econômicos.
O faturamento acumulado da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no 1º trimestre ficou em R$ 7.195,7 bilhões, uma queda de (-0,86%) em avaliação com o trimestre de 2014.
O comportamento da inadimplência em março de 2015 no comércio cresceu 7,97% frente a março de 2014, e no trimestre se expandiu em 7,97%. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a inadimplência RMC está em 6,32%, com 636.431 registros vencidos há mais de 30 dias e não pagos em 2015, representando, atualmente, cerca de R$ 458,2 milhões, que é o tamanho do endividamento dos consumidores do Comércio Varejista na RMC.
A expectativa para os próximos meses é ainda de uma tendência de vendas fracas, dependendo ainda, da evolução do Ajuste Fiscal do Ministério da Fazenda, que indica mais restrições a curto prazo, ao mercado, e menos ao Governo, na contenção de seus gastos.
Páscoa
A Páscoa registrou queda de 0,78% nas vendas neste ano, na comparação com o ano passado, que, por sua vez, tinha apresentado uma elevação de 5% frente à Páscoa de 2013.
Essa queda não foi maior ainda, tendo em vista que o comércio promoveu, uma semana antes, liquidação de 35% no preço médio dos ovos de Páscoa. O faturamento de 2014 do Comércio de Campinas foi de R$ 275,0 milhões; deduz-se que as vendas de 2015 ficaram em R$ 272,9 milhões, cerca de R$ 3,0 milhões abaixo de 2014.
Trata-se da primeira queda nas vendas da Páscoa desde 2005, quando a Acic iniciou a avaliação da data nas vendas.
A difícil situação por que passa a economia, atualmente, é a principal justificativa para esse baixo poder de compra dos consumidores, na aquisição de Bens e Serviços.