Confiança de comerciantes paulistas registra nova queda

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A confiança dos comerciantes paulistas está no mais baixo patamar desde março de 2011, quando a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) passou a apurar o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC). O indicador bateu 98,3 pontos em agosto, em uma escala que varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). Houve recuo de 0,3% em relação a julho e 10,8% em relação a agosto do ano passado.

Ao longo de toda a série histórica, é a segunda vez que o índice registra pessimismo entre os empresários. No mês anterior, o indicador já havia registrado 98,6 pontos; recuo de 2,5% em relação a junho. Para a assessoria econômica da Entidade, a elevação dos juros e a inflação ainda persistente inibem a intenção de compra do consumidor e a expectativa de comerciantes. A sétima queda consecutiva do indicador deixa em evidência a cautela dos empresários.

Empresas com até 50 funcionários foram as responsáveis pela diminuição da confiança entre julho e agosto deste ano, com recuo de 0,4%. Já companhias com mais de 50 empregados tiveram aumento de 3,8%. Esse diferencial de percepções entre grandes e pequenos se deve a ajustes nos estoques, projeções, quadro de funcionários e até da folha de pagamentos que, em geral, é feita mais rapidamente pelas empresas maiores. A tendência é que nos próximos meses o quadro negativo se mantenha para as empresas de menor porte.

Os três indicadores que compõem a confiança do empresário tiveram desempenhos opostos entre julho e agosto. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi a 67,2 pontos, com queda de 8,9%. Outro indicador que também apontou recuo de 0,3% foi o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que passou para os 95,8 pontos no mês. Por sua vez, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) mostrou recuperação de 4,7%, alcançando 131,8 pontos.

Índice

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas com 600 empresários na capital, em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que por sua vez pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

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