O verão chegou e nada melhor do que aproveitar o sol na praia, na piscina ou em parques. No entanto, devido às altas temperaturas, é preciso atenção aos riscos que as pessoas estão expostas nesta época do ano. As doenças de pele e a desidratação são as mais comuns nesta época do ano.
Uma das principais doenças que se agravam neste período é a desidratação, causada pela baixa ingestão de líquidos e perda excessiva de fluidos, seja por viroses, que causam vômito e diarreia, ou pela prática de exercícios físicos em ambiente quentes.
“Nessa época do ano o mais importante é a prevenção. O ideal é beber muito líquido – com especial atenção às crianças e idosos -, evitar exercícios físicos e brincadeiras nos horários e ambientes mais quentes e pouco arejados e usar roupas leves”, aconselha a reumatologista, Karen Ebina.
Os sintomas decorrentes da desidratação mudam conforme a gravidade, assim como o tratamento. Quando varia de leve a moderada é comum apresentar sede exagerada, boca seca, olhos fundos, não produção de lágrimas e diminuição ou ausência da diurese. Quando grave, além dos sinais descritos, podem surgir queda de pressão arterial, confusão mental, convulsões, falência de órgãos e até morte. Para tratar a doença em seu estágio leve basta que seja feita ingestão frequente de líquidos. Na desidratação moderada, pode ser necessário reposição de soro oral e na grave, soro intravenoso.
Além disso, problemas com a pele também são muito comuns no verão, como micose, brotoeja e queimadura solar.
“No caso da micose, a umidade é um dos fatores que facilitam sua aparição, por isso é comum que ocorram nas axilas, virilhas e entre os dedos. Dessa maneira, é importante manter essas regiões higienizadas e secas, evitando permanecer muito tempo com a mesma roupa após prática de exercícios físicos”, afirma o dermatologista Fernando Dantas.
As bolinhas avermelhadas e bolinhas de água, que surgem pela retenção do suor na pele e causam coceira, também são famosas, principalmente entre crianças e adolescentes. Por isso, é preciso evitar ambientes com temperaturas altas e alto teor de umidade, atividade física com produção excessiva de suor e banhos demorados. “Recomenda-se também usar roupas leves e não abusar na quantidade de substâncias oleosas, como bronzeadores, repelentes, pomadas e cremes, que tampam os orifícios por onde o suor é excretado e podem desencadear as brotoejas”, comenta Fernando.
Por fim, mas não menos importante, as queimaduras solares. Duas a sete horas após o banho é possível perceber vermelhidão, inchaço e dor, decorrentes da reação da pele exposta inadequadamente aos raios solares. “A prevenção deste problema é fácil. Basta evitar longos períodos de tempo em ambientes abertos e, quando o fizer, usar chapéus, guarda-sóis, roupas fotoprotetoras e filtro solar com fator de proteção solar (FPS) mínimo de 30, o que garantirá boa proteção contra os raios UVB, principais causadores das queimaduras solares”, finaliza Dantas.