O número de doadores de órgãos cresceu 29,3% no Estado de São Paulo. É o que
aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados do
primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho houve 213 doações, contra 167
no mesmo período de 2007.
Com mais doadores foi possível realizar 627 transplantes nos hospitais
paulistas, o que representa aumento de 23,4% em relação aos primeiros seis
meses do ano passado. O maior crescimento proporcional, de 66,5%, foi no número
de transplantes de coração, que passou de 21 para 35 no primeiro semestre deste
ano.
O Hospital das Clínicas de São Paulo liderou o ranking das unidades que mais
notificaram doadores viáveis, ou seja, aqueles que tiveram pelo menos um órgão
aproveitado para transplante. Do total de doadores no primeiro semestre, 13
saíram do HC. O segundo lugar ficou com o Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto, com 9, seguindo pela Santa Casa de São Paulo, com 7.
Entre as equipes que mais captaram órgãos para transplante no primeiro
semestre, a campeã foi a Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa
de São Paulo, com 52 notificações de doadores viáveis. O segundo lugar ficou
com a Escola Paulista de Medicina, com 48. Cada OPO é responsável por captar
doadores em um grupo de hospitais, distribuídos regionalmente.
O Instituto do Coração do HC fez o maior número de transplantes de coração, com
18 cirurgias, e de pulmão, com 9. Já o Hospital Albert Einstein foi campeão em
transplantes de fígado, com 37 operações. O Hospital São Paulo liderou os
transplantes de rim, com 130, e de pâncreas, com 19.
Córneas
Também houve, no primeiro semestre, expressivo aumento no número de
transplantes de córneas, consideradas tecidos. Foram 2.918 cirurgias, 23,6% a
mais que as 2.361 registradas de janeiro a junho de 2007. O Hospital de Olhos
de Sorocaba foi o campeão de transplantes realizados, com 1.107 operações neste
ano.
“A conscientização dos paulistas sobre a importância da doação de órgãos e o
aprimoramento do trabalho das equipes médicas na captação e manutenção de
potenciais doadores está contribuindo para que cada vez mais pessoas tenham
suas vidas salvas por um transplante no Estado”, afirma o médico intensivista
Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes da Secretaria.