Depois dos meses mais quentes do ano, quando muitos gostam de estar ao ar livre, tomando sol em praias, clubes e campo, a chegada do tempo frio é também um convite para fazer um check-up da pele – que mesmo relativamente protegida sofre com os efeitos cumulativos dos raios ultravioleta. Na opinião do doutor Rafael Ayoub, chefe do departamento de check-up do CDB (Centro de Diagnósticos Brasil), em São Paulo, o principal objetivo da avaliação é orientar os pacientes de maneira adequada e personalizada, a fim de evitar doenças de pele no futuro – inclusive o câncer de pele.
“Todos sabemos da importância de detectar o câncer de pele em estágio inicial, que apresenta maior chance de cura. Mas há outras doenças também importantes que devem ser tratadas logo no início. Sendo assim, o check-up dermatológico prevê uma avaliação minuciosa não apenas da pele, mas também de pelos e unhas”, diz Ayoub.
Além de procurar lesões, os exames checam alterações e patologias em todo o tecido cutâneo. O especialista afirma que existe alta incidência de câncer entre as doenças típicas da pele e encara com muita preocupação o fato de essas ocorrências estarem aumentando no Brasil – em homens e mulheres de diversas faixas etárias.
De acordo com o chefe do check-up do CDB, existem três tipos de câncer de pele:
1. Carcinoma basocelular. “É um dos menos graves e o mais frequente, representando 70% dos casos”.
2. Carcinoma espinocelular. “É o segundo tipo mais frequente”.
3. Melanoma. “Apesar de representar apenas 4% dos casos, esse tipo de câncer é bastante agressivo por conta de seu alto potencial de metástases, sendo responsável por 75% das mortes pela doença”.
Segundo Rafael Ayoub, para proporcionar a detecção precoce do câncer de pele e poder fazer um bom trabalho de prevenção, são necessárias avaliações dermatológicas periódicas. “Também orientamos o paciente a fazer um autoexame com regularidade e a usar protetor solar adequado para seu tipo de pele durante todos os dias do ano”.
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), uma entre cada quatro ocorrências de câncer está relacionada ao câncer de pele não melanoma, que acomete mais homens e mulheres do que o câncer de próstata e de mama, respectivamente.
No ano passado, foram detectados mais de 60 mil novos casos de câncer de pele não melanoma em homens e mais de 70 mil em mulheres. Com relação ao melanoma, que é bastante agressivo, foram detectados cerca de seis mil novos casos, entre homens e mulheres.