O glaucoma é uma doença assintomática que, aos poucos, ceifa a visão do paciente, podendo levá-lo à cegueira total e irreversível. Boa parte dos doentes em estágio avançado teria chances de evitar a cegueira se tivesse sido diagnosticado a tempo e recebido o tratamento adequado. Até mesmo nos países desenvolvidos, 50% dos indivíduos afetados não receberam o diagnóstico nem estão em tratamento. Metade deles, no entanto, fez exames oftalmológicos nos últimos dois anos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos no mundo. Cerca de 60 milhões de pessoas tinham glaucoma em 2010. Esse número chegará a 80 milhões em 2020. No Brasil, não há estatísticas populacionais sobre a doença, mas estima-se que existam mais de 1 milhão de portadores. Os números são alarmantes, mas há dados ainda piores.
O especialista Remo Susanna Jr. informou que 2% a 4% da população acima de 40 anos têm a doença.
Pesquisa
Segundo pesquisa do Ibope, cerca de 50 milhões de brasileiros acima de 16 anos nunca foram a um oftalmologista. De todos os entrevistados, um terço desconhecia a existência da doença e 13% não sabe que o glaucoma pode levar à cegueira.
Diagnóstico
Para detectar o glaucoma, é preciso realizar um exame completo e indolor com o oftalmologista. Na ocasião, o especialista mede a pressão ocular do paciente, verifica o ângulo de drenagem do olho, avalia se há lesão no nervo óptico e testa o campo de visão de cada olho. Uma série de exames que servem para averiguar a saúde do olho como um todo.
Se a doença já for detectada, os exames servem como acompanhamento e são vitais para prevenir a perda total da visão.