A guerra política começou acirrada em Valinhos. Dos 11 candidatos a prefeito da cidade, os quatro principais concorrentes na disputa tiveram suas candidaturas impugnadas pelos próprios adversários políticos. Entre eles, está o atual prefeito da cidade, Orestes Previtale (DEM), que de acordo com pedido de impugnação feito pela coligação “Valinhos com futuro feliz – PTB e PSC”, que apoia Edson Secafim (PTB), fez uso da máquina pública a seu favor ao tentar prejudicar o ex-prefeito e também candidato ao Executivo, Clayton Machado (RB).
O pedido acusa Orestes de ter abusado de seu poder à frente da Prefeitura para mover ação indevida contra Clayton Machado (RB) e a ela dar ampla publicidade com o único objetivo de “denegrir a imagem do ex-prefeito, com inequívoco propósito de influenciar o eleitorado”. Além do argumento de abuso de poder, o pedido também aponta que o Podemos ingressou na “Coligação Valinhos no Rumo Certo” – que tem o atual prefeito como candidato – fora do prazo final determinado pela Justiça Eleitoral.
A Coligação de Secafim foi a que mais entrou com pedidos de impugnações de candidaturas. Além de Orestes, o grupo também tentou impugnar as candidaturas de Tonetti (PDT), Capitã Lucimara (PSD) e Clayton Machado (RB).
Contra Tonetti, o pedido afirma que o candidato ainda preside duas entidades ligadas a questões habitacionais, e que não houve desincompatibilização, o que permite que ele faça uso de sua influência para tentar conquistar votos com a promessa de que as moradias serão aprovadas caso seja eleito. Contra a capitã, o argumento também é baseado na ausência de desincompatibilização do cargo de comandante da Polícia Militar dentro do prazo estipulado por lei. Já o pedido que pede a impugnação de Clayton, tem como base as contas dos anos de 2015 e 2016 rejeitadas pela Câmara Municipal.
Além do grupo de Secafim, a Coligação que apoia Orestes Previtale também tentou impugnar Clayton Machado (RB).
Segundo informações da chefe do Cartório Eleitoral, Andrea Cresta, entre os 284 candidatos a vereador da cidade, apenas o ex-vereador Lorivaldo Messias de Oliveira (PSL) terá que enfrentar pedido de impugnação. O documento também foi protocolado pela coligação de Orestes.
Todos os pedidos serão julgados pela Justiça Eleitoral e não impedem a continuidade das campanhas dos candidatos.