IBGE: inflação chega a 9,25% nos últimos doze meses

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda em julho na comparação com junho de 0,59% para 0,99%. No acumulado do ano, o IPCA atingiu 6,9%, acima do resultado registrado no mesmo período do ano passado, quando a inflação ficou em 4,17%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA foi para 9,25%, acima dos doze meses anteriores, quando o índice ficou em 8,8%.

Em relação aos meses de julho, consistiu no índice mais elevado desde 2008, quando foi registrado 0,63% no mês.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas habitação (1,15%) e comunicação (0,59%) ficaram acima dos resultados do mês anterior (1,03% e 0,08%, respectivamente).

Foi em habitação (1,15%), a maior variação de grupo, que a energia elétrica teve alta de 1,91% e, mais uma vez, se projetou como o mais elevado impacto individual no índice, com 0,07 ponto percentual (p.p.).

Nas despesas pessoais, embora a alta de 0,83% tenha sido influenciada pelos jogos de azar (7,06%), a pressão foi bem mais amena, se comparada com o mês anterior (37,77%), reflexo de reajustes vigentes desde 18 de maio nos valores das apostas. No grupo, além dos jogos, outros itens exerceram influência sobre o resultado, principalmente empregado doméstico, com alta de 0,62%.

Nos alimentos, a variação foi de 0,64%. Apesar dos aumentos de preços verificados em vários produtos importantes no consumo das famílias, como leite (3,71%), pão (1,26%), ovos (1,59%) e frango (1,10%), outros ficaram mais baratos de junho para julho, como o tomate (-20,37%), a cenoura (-12,75%), feijão-preto (-2,17%), o óleo de soja (-1,09%), entre outros.

Os serviços de telefonia fixa e móvel aumentaram 1,28% e 0,83%, respectivamente, pressionando o grupo comunicação (0,59%), enquanto as mensalidades de plano de saúde (1,59%) e os artigos de higiene pessoal (0,86%) exerceram pressão sobre saúde e cuidados pessoais (0,80%).

No grupo dos artigos de residência (0,47%), as pressões foram exercidas pelas roupas de cama, mesa e banho (1,26%), além do item utensílios e enfeites (1,13%) e dos serviços de conserto de móveis e aparelhos domésticos (1,10%).

Os mais baixos resultados de grupo ficaram com transportes (0,14%), educação (0,10%) e vestuário (-0,06%). A respeito dos transportes, destacam-se as passagens aéreas, que subiram 0,91%, ao passo que, em junho, haviam atingido 29,54%. Quanto à gasolina, responsável por parcela significativa da despesa das famílias, ficou 0,47% mais barata de um mês para o outro. A queda foi ainda mais forte no litro do etanol, cujos preços caíram 2,03%. Para conferir a pesquisa completa, basta clicar aqui.

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