Inadimplência é menor em consumidores jovens

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O indicador de inadimplência apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que o aumento das dívidas em atraso apresenta comportamento diferente a depender da faixa etária do consumidor. No mês de setembro deste ano, por exemplo, a alta do número de dívidas atrasadas foi de 5,07% na comparação com o mesmo período de 2013, mas apresentou queda de 3,25% dentre os brasileiros com idade entre 18 e 24 anos.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o adiamento da entrada na vida adulta dos brasileiros tem feito com que muitos jovens deixem de se endividar com bens de alto valor como imóveis e carros. “Os jovens brasileiros têm adiado a sua entrada no mercado de trabalho e por conta disso, a inadimplência entre os mais jovens vem apresentando taxas de crescimento menores do que as demais faixas etárias na sociedade”, afirma a economista.

Os dados do IBGE confirmam este panorama: há uma menor participação dos mais jovens no mercado de trabalho. Em setembro de 2010, a taxa de participação dos jovens entre 18 e 24 anos havia sido de 70,6%. Em setembro de 2014, a taxa passou para 65,4%.

Outro fator destacado pelos economistas é o adiamento da saída da casa dos pais e o crescimento do contingente de universitários. De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2000, 36,56% das pessoas entre 20 e 24 anos eram casados ou viviam em união estável. Em 2010, esse número caiu para 34,21%. Já a população de estudantes que ingressam nas universidades cresceu mais de 76% em dez anos, segundo dados do INEP de dezembro de 2013.

Já os brasileiros da chamada geração ‘nem-nem’, que nem estudam e nem trabalham, têm crescido nos últimos anos e na média equivalem a 19,6% do total desta população, segundo o IBGE.

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