No primeiro trimestre deste ano, o setor de indústrias paulista fechou 31 mil postos de trabalho, 3.500 foram perdidos apenas em março. Esse número representa uma queda de 0,61% na comparação entre março e fevereiro. Os dados foram divulgados pela Fiesp e Ciesp e integram levantamento realizado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos.
Quando não são considerados fatores sazonais, o mês de março registra a menor eliminação (-0,15%) de postos de trabalho desde maio de 2015, graças, em parte, à antecipação da safra do setor de açúcar e álcool. Segundo o diretor titular do Depecon, Paulo Francini, com a previsão da chegada do período de seca é normal a contratação de mão-de-obra para a colheita, que envolve logística e transporte. “Isso atenuou, evidentemente, a queda apontada pela pesquisa, mas os outros setores também perderam menos vagas em relação aos meses anteriores”, explicou. “Então, foi um mês que não dá para ter alegria, mas a quantidade de choro não fica tão grande”, comentou.
Setores
Em março, 14 setores, dos 22 pesquisados, tiveram queda no nível de emprego, seis apresentaram crescimento e dois ficaram estáveis.
De forma semelhante ao cenário do mês de fevereiro, os setores que se destacaram com a ampliação de vagas foram produtos alimentícios (6.819 postos), coque e biocombustíveis (3.333 postos) e couro e calçados (1.322 postos) – que contrata há três meses consecutivos.
Entre os setores que mais demitiram em março estão os ligados à produção de veículos. É o caso do setor de produtos de borracha e de material plástico, o que teve maior perda de vagas (3.422, variação negativa de 1,85%).