O nível de emprego da indústria paulista, em maio deste ano, sem o ajuste sazonal, registrou um recuo de 0,33% em relação a abril, representando uma perda de 7.500 postos de trabalho neste período. Os dados são do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).
No acumulado do ano até maio, foram registradas 41.000 demissões. O gerente do Depecon, Guilherme Moreira, explica que ainda não há nenhum sinal de uma retomada do emprego no Estado. Em sua análise, a perda de vagas em maio foi ruim, no entanto, não é o pior maio da série e está abaixo das demissões registradas no início do ano no setor. “Janeiro, que é um mês em que normalmente se contrata, tivemos 14.500 demissões e em fevereiro, 13 mil”, lembrou.
A projeção para este ano é a eliminação de 165.000 vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas em 2015. De acordo com Moreira, apesar da esperança de que o ritmo das demissões perca força, ainda não será suficiente para que parem as demissões este ano. “O índice de confiança do empresariado tem melhorado, mas transformar isto em contratações leva um bom tempo ainda, porque o emprego é a última variável a reagir. Primeiro retoma a produção, o investimento e por último será o emprego”, explicou.
Em maio, 16 setores dos 22 pesquisados tiveram queda no índice de emprego, sendo que cinco se comportaram positivamente e um ficou estável.
Dos setores que mais registraram queda nos postos de trabalho estão Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-1.519 postos); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-1.330 postos) e Produtos de Borracha e Material Plástico (-1.043 postos).
O destaque das contratações ficou para os setores Produtos Alimentícios (852 postos de trabalho), Produtos Diversos (243 postos) e Coque, Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (180 postos).