Em 2016 mais da metade dos estudantes aprovados no vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) cursou o ensino médio em escolas públicas. Os dados foram divulgados nesta semana pelo reitor da universidade, José Tadeu Jorge. O índice dos oriundos da rede pública alcançou 51,9% dos aprovados.
Com esses números, a universidade supera as metas de inclusão social definidas pelo Conselho Universitário em 2013 e previstas para serem atingidas apenas no ano de 2017. O maior número até então era de 34% oriundos da escola pública.
“O dia de hoje é uma data histórica, um marco para a Unicamp, um marco para as ações de inclusão das universidades públicas”, disse o reitor, descrevendo o resultado como um sucesso do Programa de Ações Afirmativas e Inclusão Social (PAAIS) da Universidade. O programa não funciona como um sistema de cotas. Em vez disso, aplica uma bonificação em pontos no vestibular de candidatos egressos do ensino médio público ou que se autodeclaram PPIs.
A meta definida em 2013 previa que, em 2017, 50% das matrículas na Unicamp seriam de candidatos vindos de escolas públicas do ensino médio e que, destes, 35% seriam estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.