A Câmara de Vinhedo vota pela segunda vez, nesta terça-feira, 20, a partir das 19h, os supersalários dos 17 secretários adjuntos, criados pela Prefeitura no final do ano passado, com o objetivo de auxiliar os secretários titulares.
Na semana passada, em primeira votação, o projeto foi aprovado com protestos de populares no plenário. Foram oito vereadores a favor e apenas a vereadora Marta Leão (PSD) ficou contra. O presidente da Câmara não vota neste tipo de projeto.
A proposta de fixar em R$ 8.480,00 o salário de cada um dos 17 adjuntos é de autoria da mesa diretiva da Câmara, composta pelo presidente do Legislativo, Adriano Corazzari (PSB), primeira-secretária Ana Genezini (PTB) e segundo-secretário Rubens Nunes (PR).
Na terça-feira da semana passada, o promotor de Justiça Osias Daudt começou a investigar o caso. A nova oposição na Câmara, eleita em outubro, que tem os futuros vereadores Rodrigo Paixão e Valdir Barreto (PSOL), Marta Leão e Eduardo Gelmi (PMDB), entregou representação no Ministério Público pedindo apuração do caso, na quarta-feira.
Reportagem do Jornal de Vinhedo no sábado, 10, mostrou que os vereadores querem fixar os salários dos adjuntos com base em uma legislação que não existe. Regimento Interno da Câmara e Lei Orgânica não trazem a figura do secretário adjunto.
As duas legislações só regulamentam a fixação dos salários dos secretários titulares. Neste caso, os vereadores deveriam ter votado os salários dos adjuntos até 90 dias antes das eleições para começar a valer na próxima legislatura, ou seja, janeiro de 2013.