Desde o início do período de chuvas, em dezembro do ano passado, o Departamento de Defesa Civil de Vinhedo vem agindo para mitigar os estragos ocasionados pela forte quantidade de chuvas. Paralelo a isso, a Prefeitura, pela Secretaria de Obras, tem agido de forma rápida em obras emergenciais, investindo mais de R$ 23 milhões, para resolver problemas antigos, e até históricos, e outros surgidos recentemente.
O monitoramento de chuvas na cidade, durante a Operação Verão 22/23, aponta o registro de 1437 milímetros de chuva entre dezembro de 2022 e 15 de abril de 2023. O valor supera, em 9%, a média histórica registrada ao longo de 12 meses, segundo estudos dos últimos 10 anos, que é de 1428 milímetros. Acima até mesmo da média anual nas últimas três décadas: 1289 milímetros.
“Tivemos solo excessivamente saturado e condições de ocorrências graves contra o meio ambiente e infraestrutura urbana, colocando em risco a vida de pessoas, e que exigiram a decretação de Situação de Emergência e a necessidade dessas obras”, explica Maurício Barone, diretor da Defesa Civil.
Entre as ações emergenciais está a contenção do talude, entre a Avenida Otávio Tasca e a Rua Goiás, na Vila Junqueira, onde, em fevereiro deste ano, a chuva torrencial, acima da média, provocou a interdição de casas e a remoção dos moradores, conforme laudo da Defesa Civil do Estado de São Paulo. No local, com investimento de mais de R$ 4,2 milhões, além do talude, as ações preveem sistema para escoamento das águas de chuva, com escadas hidráulicas e plantio de grama.
Já na entrada da cidade, na Avenida Apparecida Tellau Seraphim, sentido Rodovia Anhanguera, chama a atenção o muro de gabião – sistema em que um aramado é preenchido com pedras, num custo de R$ 5,1 milhões. O deslizamento de terras, também provocado pelas chuvas, ocasionou a interdição parcial da via, mas também colocava em risco as casas acima construídas.
Problema histórico
Por quase duas décadas, os moradores entre o Palmares e o Von Zuben, na região da Capela, esperavam uma solução para o talude na viela localizada atrás da Rua 21 de Abril. As obras, já concluídas, orçadas em R$ 750 mil, permitiram esse retaludamento, sistema de drenagem pluviais, plantio de grama e a construção de uma escada, com guarda-corpo, que permite a descida, com segurança, dos moradores entre a Rua Sebastião Matheus e a própria viela.
“Com essas obras estamos mudando a realidade de alguns locais diminuindo o grau de risco ou até zerando a possibilidade de qualquer dano. São ações que significam nosso compromisso para termos uma cidade mais segura e sustentável”, completa o prefeito, Dr. Dario Pacheco. E em prova desse compromisso, Vinhedo integra o Programa Global de Redução de Riscos de Desastres, da ONU – Organização das Nações Unidas.
Ao todo, são 13 obras emergenciais. Destas, cinco já foram concluídas, enquanto as demais estão em fase avançada de execução, mas já não representam risco grave à população.