Oposição reclama na sessão extra, mas aprova projetos

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Segunda-feira à tarde, a Câmara aprovou 12 projetos que determinam o envio de
verbas para entidades, liberam dinheiro para asfaltar ruas, reforma da Praça do
Aquário, convênio para construir rede de esgoto em condomínios, para a Santa
Casa, entre outros. Cerca de 50 funcionários do hospital acompanharam a sessão.
O vereador Toninho Falsarella (PSB) faltou da sessão. Os demais vereadores de
oposição chiaram, mas aprovaram os projetos, principalmente R$ 2 milhões de
verba para fazer asfalto e repasse para a Santa Casa, o assunto mais comentado
da sessão.

A vereadora Ana Genezini (PTB) criticou a direção da Santa Casa que, segundo
ela, gastou dinheiro em telemarketing para anunciar à população que o
Pronto-Socorro estava em novo local. Ana não pesquisou antes de falar, mas foi
esclarecida pela vereadora Kátia Tramontano Mingarelli (PT) de que a Santa Casa
recebeu em doação o serviço de telemarketing, não gastando dinheiro do
orçamento para isso.

O vereador Paulino Pires (PR), que é aliado do atual prefeito Kalu Donato,
falou sobre a importância da verba da Santa Casa. “Temos acompanhado o trabalho
da Santa Casa, dos funcionários, os que estão na frente e todos tem feito um
belíssimo trabalho. Estou satisfeito com o trabalho, voltei lá depois de
inaugurado o Pronto-Socorro, o comentário na rua bastante grande, foi um
negócio muito positivo”, afirmou Paulino. Ele contou que no hospital as
situações acontecem de improviso e que o hospital está pagando uma prótese para
uma pessoa sem condições financeiras. A oposicionista Ana Genezini rebateu que
tem tentado ajudar uma pessoa que precisa de uma ressonância, porém, não tem
conseguido.

O presidente da Câmara, Carlinhos Paffaro (PR), afirmou que “a Santa Casa somos
todos nós”. Ele afirmou que o Poder Executivo cumpriu a sua parte e os
vereadores também repassando verba do orçamento. “Vinhedo hoje está orgulhoso com
a Santa Casa recuperada”, acrescentou Carlinho. O vereador disse que aguarda
agora a reforma da Policlínica da Capela, uma das construções mais novas da
Prefeitura, mas que já precisa de reforma. “A Santa Casa é do povo vinhedense e
parabéns a todos aqueles envolvidos com a recuperação da Santa Casa”,
finalizou.

Jaime Cruz (PV), que é candidato a vice na chapa de Milton Serafim, afirmou que
“por mais que nos pertencemos a um grupo que não estamos alinhados ao Poder
Executivo, que não paire dúvida que este grupo não tem a responsabilidade de
votar projetos que beneficiem a população”. Ele afirmou que iria fazer “algumas
análises sobre o voto”. Protestou porque as escolas não têm recebido pintura,
mas que precisou chegar a época eleitoral para que isso ocorresse, assim como o
recapeamento asfáltico. “Algumas ruas estão intransitáveis, a Praça do Aquário,
precisou chegar o ano eleitoral”, afirmou Jaime.

Izael Viel (PR) afirmou que até um tempo atrás até os patos tinham vergonha de
ficar na Praça do Aquário. “Antigamente para se votar toda subvenção era
problemática demais porque o povo precisa da saúde, nós, sem saúdes não somos
nada. Vamos resgatar o nome da Santa Casa, que tem valor significativo. Hoje
podemos ver onde está o gasto público. Hoje a Santa Casa tem credibilidade.
Essa diretoria merece todo apoio, lá antigamente todo mundo trabalhava
descontente, hoje não”, argumentou Izael.

Danilo Ferraz (PSC), que é candidato a vice na chapa de Dario Pacheco, afirmou
que o recapeamento asfáltico está saindo de verba que não será repassada para
as empresas que participaram do programa de incentivos da Prefeitura, que alega
falta de documentação para devolver o dinheiro. Danilo afirmou que vai
verificar isso com empresários. O tempo todo em seu discurso, ele falou o
provérbio “vamos lavar nossos olhos de preconceito e sonhar” e disse querer
sonhar com um município “redondinho, sem politicagem”. “Em determinado momento
chega na Casa, em ano de eleições, e vem alguns projetos que mostram uma
tendência. Vamos contemplar o município”, acrescentou.

O vereador Danilo sugeriu emendas. O projeto que beneficiava somente o
Condomínio São Joaquim com parceria para fazer rede de esgoto foi estendido ao
Marambaia, onde mora, e outros. Danilo avaliou que o prefeito Kalu Donato enviou
o projeto somente para o São Joaquim porque ele, Danilo, é morador do Marambaia
e oposicionista ao governo. Ele elogiou os administradores da Santa Casa. No
entanto, Danilo não comentou o Projeto de Lei 113/08, uma parceria entre a
Prefeitura e o Condomínio Marambaia, onde ele reside, para a construção de
reservatório de água potável.

Gilberto Lorenzon, líder do PSDB na Câmara, avaliou que a população não sabe
diferenciar o que compete ao Legislativo e ao Executivo. “Essa legislatura deu
o exemplo ao que compete não misturar assuntos diferentes. Discute-se o mérito,
a gravidade, mas nenhum vereador se posiciona contrário, vereadores ruins podem
comprometer a vida de uma cidade e bons podem fazer com que a cidade mantenha a
qualidade, vereador não pode ser contra a cidade. Somos a favor do cidadão e
esta é uma característica desta câmara municipal”, afirmou Gil Lorenzon.

Ele elogiou as verbas pra a Acovec, que beneficiam o Ceprovi e profissionalizam
jovens. “O momento da disputa eleitoral e cada cidadão vai na urna e deixar o
seu voto e ver o veredicto. Todos os vereadores estão de parabéns”, frisou.

Ana Genezini (PTB) afirmou que não usaria o “embate político” em seu discurso,
mas falou que “se cada ano fosse um pleito eleitoral, a cidade não teria chegado
no que chegou, a seis meses da eleição tudo é possível”. Ela lembrou
recapeamento asfáltico na Vila João XXIII, que o prefeito pediu alteração para
a verba ser direcionada para o Jd. Bela Vista, agora sendo contemplado
novamente com verba. Ana também reclamou que os projetos chegam a maioria em
regime de urgência, de 45 dias. “Vamos aprovar sim R$ 2 milhões de reais porque
o Palmares está intransitável, o Paineiras está intransitável porque demorou-se
três anos e meio para fazer a manutenção, veículo frota, sem contar locações. A
manutenção tem que ser feita ano a ano senão tudo se deteriora”, acrescentou. A
vereadora disse não querer comentar o passado porque “gosta do presente”.

Ana também afirmou que a Prefeitura está direcionando verba para a Avivi – Associação
dos Vitivicultores de Vinhedo – porque o presidente da entidade, Adilson Amato,
é candidato a vereador por um partido que apóia Kalu Donato.

Para a vereadora Kátia Tramontano Mingarelli (PT) nada acontece em um passe de
mágica e milagre. Ela contou que a atual administração pagou dívidas deixadas
pela anterior, sendo R$ 28 milhões em precatórios. “Não adianta o rouba, mas
faz; fazer e deixar para o outro prefeito pagar. Se não tiver nome limpo na
praça não tem crédito, tem que deixar a Prefeitura em dia e isso levou tempo”,
frisou Kátia.

Segundo Kátia, a atual administração poderia ter feito mais escolas na cidade,
se não tivesse que refazer prédios deixados pelo antigo governo, como foi o
caso da escola do Jd. Miriam. A vereadora frisou o trabalho de pessoas
voluntárias em prol da Santa Casa, como o provedor Francisco Moreira e o
tesoureiro Nilzo Palaro, e é isso “que faz a coisa render”. Kátia também
elogiou empresários que financiam a reforma de quartos no hospital, a pedido de
Kalu Donato. “Ele (Kalu) humildemente pede para os empresários. Ele pede para a
Santa Casa, humildemente e não para pôr no próprio bolso. Empresário nenhum
investe em coisa ruim”, acrescentou.

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