Um dos principais problemas no climatério é a incidência de osteoporose, doença que afeta e fragiliza a estrutura óssea. Isso ocorre por que a produção de estrogênio, um dos principais hormônios femininos responsáveis por manter a saúde do esqueleto com a quantidade adequada de cálcio, cai nesta fase e, consequentemente, há uma perda significativa de massa óssea. No Brasil, 30% das mulheres acima de 50 anos apresentam este problema.
O Estudo Latino-Americano de Osteoporose Vertebral (LAVOS), que contou com a participação de seis países da América Latina, mostrou que uma a cada três mulheres após os 50 anos desenvolve osteoporose, com chances de se fraturar, especialmente nas vértebras, punho ou fêmur.
As fraturas, segundo especialistas, merecem atenção. Um motivo disso é que, uma a cada quatro pessoas que fraturam o fêmur, por exemplo, perdem definitivamente a independência. No primeiro ano após a fratura, 25% delas morrem em decorrência de complicações como trombose e pneumonia.
O estudo norte-americano do Women's Health Initiative (Iniciativa da Saúde Feminina), de 2002, avaliou os riscos e benefícios da terapia de reposição hormonal na menopausa em mais de 16 mil mulheres, confirmando que o tratamento reduz significativamente o risco de fratura.
As medidas gerais não-farmacológicas para aliviar os sintomas e até mesmo ajudar a prevenir consistem em aumento da ingestão de alimentos ricos em cálcio (se não for adequada, o médico pode recomendar uma suplementação), uso de vitamina D para ajudar na absorção do nutriente e incorporar adequadamente ao organismo, atividade física regular, assim como evitar – e até mesmo abolir – o tabagismo e o álcool.