Pesquisa revela aumento do custo de vida em maio

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Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que o Custo de Vida por Classe Social (CVCS) registoru alta de 0,47% em maio. No ano, houve um acúmulo de 5,27% e nos últimos doze meses, 8,37%.

Apesar de ser considerado alto, o índice de maio é inferior aos ocorridos entre janeiro e abril. Nos últimos três meses, o indicador alcançou 1,26% em fevereiro, 1,55% em março e 0,68% em abril e desde o início do ano vem batendo suas marcas mais altas da série histórica. O aumento dos preços em 5,27% representa o maior resultado do período e já supera, também, a alta de 5,21% observada entre janeiro e novembro de 2014.

O grupo alimentação foi o principal responsável pelo avanço dos preços e respondeu por cerca de 61% do acréscimo do indicador, com altas de 1,29% no mês, 5,36% no ano e 9,22% nos últimos doze meses. Habitação foi o segundo grupo que mais contribuiu com a elevação do índice, com crescimento de preços de 0,97% no mês, 12,55% no ano e 18,87% nos últimos doze meses.

A queda de 1,17% observada no grupo transportes, que acumula inflação de 3,26% no ano e 6,65% em doze meses, evitou uma maior elevação do CVCS em maio.

Educação apresentou redução de 0,04% e comunicação não teve alteração de preços. As demais categorias registraram altas mensais: saúde (0,99%), despesas pessoais (1,53%), vestuário (0,93%%) e artigos do lar (0,35%).

A avaliação com foco nas faixas de renda demonstra que a classe A foi a mais prejudicada com a alta dos preços em maio, com elevação do custo de vida em 0,56%, acumulando 4,99% no ano e 7,93% em doze meses. A classe D foi a menos impactada, com alta de 0,43%, atingindo 5,70% no ano e 9,33% em doze meses.

Metodologia

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV 181 produtos de consumo.

As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.

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