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Um mês depois da greve que durou apenas algumas horas, ocorrida
no dia 13 de agosto, a Polícia Civil entrou novamente em greve. Os policiais de
todo o Estado de São Paulo protestam por melhores salários e condições de
trabalho.
Em Vinhedo, a paralisação parcial já pôde ser observada nesta
terça-feira. De acordo com a investigadora Carla Biasioli, as investigações e
inquéritos estão suspensos, bem como a confecção de boletins de ocorrência de
pequena complexidade. Registro de flagrante ocorre normalmente.
Os serviços da Ciretran, tais como a vistoria e emplacamento de
veículos, também devem ser prejudicados. A paralisação não tem data para
terminar. O Sindicato da categoria pede ao Governo a reposição das perdas
acumuladas nos últimos 5 anos, que de acordo com a instituição, chega a 60%. O
Governo, por sua vez, oferece apenas 7,5% para 2009.
Outra reivindicação dos policiais civis é a melhoria das
condições de trabalho, com investimentos em equipamentos e aumento do efetivo.
Em Vinhedo, o apoio da Prefeitura é essencial para a Polícia Civil. “Tem muitos
funcionários da Prefeitura que nos ajudam aqui. Se tirar os funcionários da
Prefeitura isso aqui vira um caos”, explicou Carla.
Ainda de acordo com ela, muitos equipamentos, como computadores,
são da Municipalidade. “Se dependêssemos somente do Governo do Estado a gente
estaria registrando boletim de ocorrência com uma máquina de escrever velha”,
desabafou Carla.
A investigadora pede a compreensão da população. “O Governo de
São Paulo falta com respeito com os policiais e também com a população, que
paga os impostos”, salientou. Vale lembrar que os policiais civis não tem
direito sequer a horas-extras e convênio médico.
