Projeto Mulher Maravilha completa 5 anos de sucesso

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O Projeto Mulher Maravilha, que completa cinco anos de atividade, está com vagas abertas em Vinhedo. Criado pela psicóloga Patrícia Hassan, o programa, feito de forma voluntária e gratuita, vem desenvolvendo ações voltadas para o fortalecimento e empoderamento da mulher, sem restrição de idade ou classe social, por meio da expressão artística.

Os encontros acontecem as sextas-feiras às 18h no Centro Cultural Engenheiro Guerino Mario Pescarini, no Centro de Vinhedo e envolvem oficinas de teatro (psicodrama), relaxamento, atividades corporais, dança, entrevistas, seminários palestras, dinâmicas de grupo, entre outras atividades, sempre com foco na autoestima e no empoderamento da mulher.  O grupo também realiza um grande evento anual no Teatro, com apresentações de dança, canto e teatro acerca dos direitos da mulher.

Apesar de ser psicóloga, Patrícia não classifica as reuniões como uma terapia, mas como um trabalho voluntário que une arte e conscientização.

Nestes cinco anos de atividades, mais de 700 mulheres já passaram pelo projeto. O sucesso, segundo a idealizadora, está no fato do acolhimento e no vínculo que é criado, um diferencial com relação a outros grupos oficiais, como o do CRAS, por exemplo, onde muitas não conseguem falar sobre os seus problemas. 

"As mulheres que chegam até o projeto, nunca chegam com uma queixa específica, elas querem um momento para elas, um refúgio para o cotidiano. Elas vêm com a proposta de participar de um grupo dinâmico, divertido. Com o tempo, elas vão se abrindo, expondo problemas de autoestima, depressão e até de violência doméstica. Então aqui a gente vai fortalecendo uma a outra, expondo nossos pontos francos, nossas neuras, nossas qualidades, sempre com foco na mulher e suas necessidades", explica Patrícia.

Quem participa das atividades está contente com o trabalho. "Eu estou gostando bastante, pois trabalha principalmente a autoestima. A maneira como me relacionava com as pessoas, quando estava em uma situação de conflito sempre achava que o problema fosse eu, depois dos encontros e trocas de experiências com outras mulheres percebi que sou dona de mim e tenho que fazer o que me faz bem", recomenda a pedagoga Fernanda Carolina do Carmo, que participa há um ano das atividades.

A mesma opinião é compartilhada por Patrícia Santos de Arnellas que há dois anos integra o projeto. "É muito importante para resgatar a essência da mulher e estabelecer seu lugar na sociedade. É criando novos vínculos e fortalecendo os já existentes que seguimos com os trabalhos, conscientizando as mulheres sobre seus direitos. O trabalho de orientação nas reuniões do projeto é muito importante para que as mulheres se sintam fortalecidas e tomem as rédeas de suas próprias vidas", sintetiza a professora. 

Outra que sentiu diferença significativa após as reuniões, foi a auxiliar de produção, Thaís Oliveira Teodoro. "Eu entrei no projeto toda complexada e com uma autoestima baixíssima. O projeto é enriquecedor pelo fato de não ter idade, nem padrão corporal; e sim por mostrar a beleza da mulher como ela é. Assim como combater o feminicídio, a violência, física e psicológica, sempre frisando o poder os direitos, da mulher perante a sociedade", ressalta.

 

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