O aumento dos atos de vandalismo e criminalidade em órgãos públicos está sob a mira do Ministério Público de Vinhedo, por meio de uma investigação que apura a legalidade da troca da denominação da Guarda Municipal para Polícia Municipal, recentemente aprovada pela Câmara, a pedido da Prefeitura.
De acordo com o promotor Rogério Sanches Cunha, ambos os fatos podem estar relacionados uma vez que, segundo ele, a Guarda Municipal estaria cada vez mais exercendo uma política ostensiva, se assimilando ao trabalho da Polícia Militar até por uma omissão do Estado.
Com isso, a função que era para ser prioritária para a Guarda Municipal que é a de zelar pelos bens públicos, acaba sendo deixada de lado, culminando com o aumento dos casos nos últimos dois anos.
Há uma lei aprovada pela Câmara, de autoria de Ana Genezini (MDB), e que já sancionada pelo prefeito, determinando que todos os prédios públicos da cidade recebam câmeras de monitoramento, justamente para combater esse tipo de delito, mas ela nunca saiu do papel. O motivo seria a falta de recursos financeiros, segundo a administração.
O assunto da troca de denominação da GM também foi pauta do vereador Rodrigo Paixão (Rede) que cobrou os resultados anunciados pela administração como justificativa para a mudança: compra de armas bélicas com desconto e benefícios para a aposentadorias dos Guardas.
Ocorrências
O número de ocorrência criminais em creches e escolas da Rede Municipal de Ensinou chegou ao décimo caso registrado somente neste ano em Vinhedo. Além das creches e escolas da Rede Municipal, neste ano foram registrados outros crimes, como furto e depreciação, em demais prédios públicos de Vinhedo. As ocorrência somam um total de 16 casos comunicados às autoridades policiais, dos quais 14 aconteceram em locais administrados pela Prefeitura.