Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 8, o governador João Doria (PSDB) anunciou que a quarentena em todo o Estado de SP vai se estender até o dia 31 de maio pelo menos.
Havia uma expectativa que o governo estadual fizesse uma volta gradual a normalidade a partir do dia 10 de maio, no entanto, isso não deve ocorrer.
O novo coronavírus já está presente em seis a cada dez cidades do Estado de São Paulo e provocou 3.206 mortes, até esta quinta-feira, 7. Dos 645 municípios, 381 têm um ou mais casos confirmados da covid-19, com óbitos em 166 deles.
Com o avanço da doença para o interior, litoral e cidades da Grande São Paulo, menos a Capital, já são 1.220 vítimas fatais (38% do total) e 15.655 pessoas infectadas (39,2%).
Há também mais de 9,6 mil pacientes internados em hospitais de SP, sendo 3.767 em UTI e 5.919 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a covid-19 é de 66,9% no Estado de São Paulo e 89,6% na Grande São Paulo.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.874 homens e 1.332 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,3% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (793 do total), seguida por 60-69 anos (717) e 80-89 (618). Também faleceram 222 pessoas com mais de 90 anos.
Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (437 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (245), 30 a 39 (133), 20 a 29 (31) e 10 a 19 (8), e dois com menos de dez anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59% dos óbitos), diabetes mellitus (43,5%), doença neurológica (11,4%), doença renal (11,1%) e pneumopatia (10,3%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em risco: 2.595 pessoas que faleceram por covid-19 (80,9%) do total.