Na tarde da última quinta-feira, 21, após irregularidade apurada pelo Ministério Público do Trabalho durante fiscalização, 60 operários foram identificados exercendo atividade escrava na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Lenheiro, em Valinhos.
Os operários estavam alojados em um habitáculo improvisado que foi interditado pelo MPT.
De acordo com o MPT, a construção desta UPA era administrada pela empresa Palácio Construções, que fazia contratações pela empreiteira Consval. Os operários, vindos da Bahia, receberam desta empresa oferta de emprego que garantia salários de até R$ 3 mil mensais. No último dia 6 eles foram transportados clandestinamente em ônibus por meio de passagens custeadas dos próprios bolsos.
Os trabalhadores viveram em condições precárias e operaram sem carteira de trabalho ou registro por 15 dias. O MPT informou que os alojamentos seriam destruídos nesta sexta, 22.
Já os operadores serão ressarcidos de acordo com Termo de Ajustamento de Conduta, assinado pela Prefeitura de Valinhos e as empresas responsáveis durante audiência.