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O domingo foi de dança no Teatro Municipal de Vinhedo com o Grupo Camalote, que apresentou o
espetáculo Andanças, realizado pela Universidade do Mato Grosso do Sul e
direção de Marlei Sigrist.
Camalote é um grupo amador de representação das danças
folclóricas que ocorrem em
Mato Grosso do Sul, abrangendo o cerrado, o pantanal e as
fronteiras com o Paraguai e Bolívia. Criado em 2003 a partir do Projeto CIM
(Centro de Imagem e Memória), junto às escolas municipais de Campo Grande, o
Camalote é formado por profissionais da educação, alunos de graduação da UFMS e
jovens do ensino médio selecionados para compor o grupo.
O trabalho desenvolvido pelo Camalote tem suporte nas pesquisas
feitas pela professora Marlei Sigrist e que foram publicadas em seu livro “Chão
Batido”. O objetivo do grupo é o de divulgar a cultura popular do Estado do
Pantanal, que é parte da cultura brasileira, mas que o próprio Brasil
desconhece.
O roteiro trouxe manifestações populares (festivas)
sul-mato-grossenses, incluindo a região fronteiriça do Chaco, em seus rituais e costumes desde o período pré-colombiano,
o da conquista do Centro-Oeste, do ciclo da Erva-Mate e das Xarqueadas até a
atualidade, com interferências do imaginário popular das lendas do
Bicho-Pé-de-Garrafa, do Minhocão e da brincadeira do “el Toro Candil”.
O figurino trouxe uma preocupação com a ecologia e a cultura
local. Alguns vestidos recebem pinturas da fauna pantaneira e outros trazem
reproduções das obras de renomados artistas plásticos da região, como Humberto
Espíndola, Jorapimo, Lelo e outros. Materiais orgânicos e símbolos regionais
também ajudaram a compor o figurino e as alegorias exibidas no palco.