O verão 2009 chega ao fim e deixa recordes de temperaturas elevadas, calor excessivo e alta incidência de radiação ultravioleta. Somente no mês de março, capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro presenciaram os dias mais quentes do ano, com temperaturas entre 30 e 40ºC.
Uma das conseqüências desse forte calor é o índice de casos de doenças de pele. De acordo com o levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, as consultas com dermatologistas em hospitais e ambulatórios estaduais aumentam cerca de 20% durante o verão, na comparação com as demais estações do ano.
Mas se engana quem acredita que a chegada do outono está diretamente ligada ao fim dos cuidados com a pele. Embora não aparentem, os raios solares continuam sendo nocivos durante todo o ano, inclusive no inverno. Alem disso, é importante ressaltar que os efeitos do sol são cumulativos e a falta de proteção por determinado período pode trazer conseqüências no futuro.
No inverno passado, o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) fez um alerta sobre a intensidade dos raios ultravioletas em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Em julho de 2008, as cidades Belo Horizonte e Salvador apresentavam níveis de raios UV iguais, o que exigiu cuidados redobrados, principalmente para crianças e idosos.
A radiação ultravioleta, conhecida como UV, é fundamental para a preservação do calor. No entanto, as atitudes do homem em relação à natureza só fazem acelerar o aparecimento de buracos na camada de ozônio, nossa principal barreira contra a intensidade dos raios. O resultado é o que vemos hoje: clima e temperatura desordenados e aumento do número de casos de doenças de pele e ocular.
E se até mesmo vestidos, caminhando rumo ao trabalho, estamos suscetíveis aos malefícios causados pelo sol, os atletas do mar se tornam verdadeiros alvos diários dos fortes raios UV. Além de treinarem em constante exposição solar, a maioria desses profissionais percorre o mundo a trabalho e se depara com uma diversidade de condições climáticas.
David do Carmo e Suelen Naraisa, ambos surfistas profissionais reconhecidos em todo país, sabem dos riscos provenientes do sol e procuram praticar o esporte de maneira responsável. Os atletas, patrocinados pela marca Nicoboco, têm alguns cuidados básicos para evitar problemas na pele.
“Sempre passo protetor solar fator 30 e o reforço de duas em duas horas. Para proteger as costas, a parte mais exposta do meu corpo, surfo com lycra”, afirma Suelen Naraisa. “Costumo retirar o excesso de protetor solar com uma esponjinha especial para o rosto e uso hidratante corporal todos os dias”.
David do Carmo também está atento à sua saúde. Além de usar protetor solar e creme hidratante diariamente, o atleta sempre usa óculos de sol de boa qualidade. “Os olhos devem estar sempre protegidos, pois o excesso de sol queima a retina e aumenta as chances de conjuntivite”, conclui.
Micoses, manchas e queimaduras estão no topo da lista das doenças de pele características do sol. As lesões causadas pelas queimaduras são as mais perigosas, pois podem evoluir para melanoma, um tipo de câncer de pele. Medidas simples de prevenção como usar filtro solar, óculos de sol e boné podem fazer toda a diferença para a sua pele e saúde.
Por Maria Fernanda Cunha – [email protected]