O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos – Daev – montou uma operação sem precedentes para viabilizar a instalação da tubulação que vai levar água bruta desde o Córrego Invernada até a Estação de Tratamento de Água I, distante 850 metros. O objetivo é reforçar em 5% a capacidade total de água tratada da ETA I.
Neste caso, serão captados 10 litros de água por segundo, previsão que deve ter início a partir da primeira semana de agosto com a conclusão das obras.
A preocupação dos técnicos do Daev era provocar o menor impacto possível na via, evitando a abertura do asfalto e transtornos a motoristas e a moradores. Desta forma, apenas as áreas próximas às caixas de inspeção estão sendo isoladas por agentes do Trânsito para que os servidores possam trabalhar em segurança.
Os trabalhos começaram na quarta-feira, 23, com a inspeção da rede de águas pluviais da Avenida 11 de Agosto, desde a Praça Vital Brasil até o deságue no Invernada. É por esse canal que os tubos flexíveis que suportam alta pressão estão sendo instalados.
Desde o dia 13, o Córrego Ponte Alta está contribuindo com 10 litros de água por segundo.
Para viabilizar as duas captações emergenciais, devidamente homologadas pelo Departamento de Água e Energia Elétrica, o DAEV desembolsou R$ 200 mil em recursos próprios e a expectativa é que ambas funcionem até o final da estiagem, prevista para meados de setembro ou outubro. Neste mesmo período também deve ser suspenso o rodízio de água na cidade.
Economia
Desde o início do rodízio, em 7 de fevereiro, Valinhos economizou 7 milhões de litros de água por dia, segundo o Daev, quantidade suficiente para abastecer o município por mais de 40 dias.
Com as alterações feitas no rodízio, em 23 de junho, a economia saltou mais 5% e a previsão dos técnicos do DAEV é que com as operações das duas captações esse número salte para 30%. Transformando esses índices em números absolutos, Valinhos está economizando hoje quase 10 milhões de litros de água por dia.
Nem as chuvas anunciadas para estes dias serão suficientes para aliviar a escassez. “Essa economia que estamos registrando em Valinhos é essencial para chegarmos até o fim da estiagem sem risco de colapso no abastecimento. E a população tem papel-chave, fazendo uso racional da água, sem desperdícios”, afirmou o diretor de Operações e Manutenção, Marcello Lino.