O Faturamento Real dos Supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS – Índice de Preços dos Supermercados), no conceito “mesmas lojas”, apresentou alta de 4,14% no mês de julho em comparação a junho.
Um dos fatores que explica o crescimento pouco expressivo é a inflação, uma vez que a influência no poder de compra da população impacta diretamente na decisão de consumo das famílias. Além disso, é importante ressaltar que a base de comparação é baixa, na medida em que as vendas no mês de junho haviam registrado queda de 4,19% na comparação mensal. Diante deste cenário, um crescimento em torno de 4% a 5% já era esperado para o mês de julho.
Em comparação ao mesmo período de 2012, as vendas nos supermercados paulistas registram uma desaceleração – na ordem de 3,65%. Já em julho do ano passado, o setor apresentou crescimento de 6,81% se comparado ao mesmo mês de 2011. Se levarmos em consideração o acumulado do ano (de janeiro a julho), o crescimento em 2012 havia sido de 5,42% contra 1,16% em 2013 – na mesma base de comparação. Ou seja, um crescimento muito aquém do esperado, fruto do desaquecimento da atividade econômica brasileira e da inflação, que, mesmo em ritmo menos acelerado, ainda está presente. Por sinal, mesmo apresentando um crescimento nominal, a inflação corroeu o faturamento do setor supermercadista ao longo deste ano.
Os resultados verificados ao longo dos sete primeiros meses de 2013 estão diretamente relacionados ao comportamento das variáveis de emprego e renda – que continuam a contribuir para o desempenho das vendas do setor supermercadista. No entanto, a inflação é um fator que afeta todo o comércio varejista (inclusive os supermercados), uma vez que a mesma resulta na perda do poder de compra da população e, por consequência, proporciona um crescimento no volume de vendas em ritmo mais moderado do que em períodos de inflação mais estáveis.