A maioria dos vereadores reprovaram em sessão extraordinária nesta terça-feira, 12, o pedido do suplente Valdir Barreto (PSOL) que pediu a suspensão de posse ao mandato do vereador Rodrigo Paixão (PDT), que entrou em licença médica na semana passada.
Valdir tem 64 anos e enviou um pedido para não assumir a vereança devido a pandemia do coronavírus e por ser do grupo de risco. Em seu lugar, assumiria o segundo suplente ao cargo de vereador Thiago Carandina.
Ao todo a justificativa teve oito votos contrários e quatro votos favoráveis. A justificativa então foi indeferida pela Câmara e Valdir deve assumir o mandato de vereador.
Os vereadores que votaram contra o pedido justificaram que Valdir Barreto poderia renunciar ao cargo e assim não assumiria o mandato, já que ele fez o pedido de suspensão de posse. Os parlamentares também disseram que o pedido não condiz com a realidade já que existe a possibilidade de trabalhar de forma remota e por meios digitais e assim atender o isolamento.
“O vereador Valdir Barreto poderia e pode fazer suas funções, eu reprovo o pedido, se ele entende que não tem condições de assumir que renunciasse a seu cargo e assim e não provocaria uma sessão extraordinária para apreciar o pedido dele”, disse o vereador Rubens Nunes (PODE).
Marcos Ferraz (PSD) que votou favorável e disse que respeita o ponto de vista de cada vereador. “Independentemente das motivações que o vereador apresenta, se ele não se sente no momento em condições de exercer o mandato, seja lá qual for o motivo, acho razoável que peça o afastamento. Por isso votei favorável, é uma questão muito pessoal”, disse o parlamentar.
Rodrigo Paixão se manifestou por meio das redes sociais: “Ele é idoso e grupo de risco e optou em se resguardar, em razão da pandemia. A maioria dos vereadores resolveu recusar essa justificativa. É até difícil comentar uma atitude dessas. Mas é preciso registrar a tristeza em verificar no que se transformou a política em Vinhedo”.
A Câmara realizou a sessão de forma remota e on-line.
Atualização 12/05 às 18h
Por meio das redes sociais, Valdir Barreto também falou sobre o episódio: “eu como primeiro suplente deveria assumir, mas me considerei impossibilitado neste momento por estar no grupo de risco da covid-19 e não poder realizar serviços na rua como vereador (fiscalização e visitas).
Pedi suspensão até que passasse o pico da pandemia e o segundo suplente entraria no meu lugar. Para a Câmara seria um ganho no quesito fiscalização, mas a base do Governo rejeitou o pedido. Estou tentando entender o motivo: prefere ficar com um vereador que não possa sair à rua do que outro que saia para fiscalizar?”, escreveu o suplente.