Os vereadores de oposição, Rodrigo Paixão (PDT), Edson PC (MDB), Sandro Rebecca (PDT) e Eduardo Gelmi (SDD), entraram com uma ação na Justiça nesta sexta-feira, 28 para que a Prefeitura de Vinhedo mantenha o fornecimento de cestas básicas aos estudantes da Rede Municipal de Ensino em 2020.
Durante a semana o prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz (PSDB), anunciou por meio de um comunicado via Assessoria de Imprensa que a entrega das cestas seria suspensa, já que a cidade está na fase amarela de retomada da economia (veja aqui).
“Logicamente que, se fosse da nossa vontade, seguiríamos distribuindo as cestas básicas a todos os estudantes, mas temos um novo cenário e, obviamente, também uma limitação financeira. Temos de tomar uma decisão e, pelos números que me foram apresentados, a partir de agora esse trabalho será voltado às famílias com maior vulnerabilidade social. Já disse e volto a repetir: nenhuma família vai passar fome em Vinhedo”, concluiu o prefeito Jaime Cruz.
De acordo com os vereadores, a medida para retornar com a entrega de cestas se faz necessária, já que as aulas da Rede Municipal de Ensino devem voltar a ser presencial somente em 2021, conforme também anunciou o prefeito na última sexta-feira (veja aqui).
“É justo que os recursos usados na merenda escolar auxiliem na alimentação das famílias, neste momento que atravessamos. Além disso, houve outras economias com a paralisação das aulas”, disse o vereador Rodrigo Paixão.
O pedido dos vereadores agora deve ser analisado pela Justiça.
No final de julho, durante uma entrevista coletiva, o prefeito de Vinhedo já havia ameaçado cortar o benefício de entrega de cestas básicas, após uma denúncia no Ministério Público feito pelos vereadores (veja aqui).
“Politicagem barata de quem não sabe como resolver, é bom para atirar pedra, mas para consertar vidraça não tem capacidade… Se isso continuar eu não tenho outra opção senão paralisar todos os trabalhos. Talvez vocês vão ficar sem cestas básicas, por causa desses vereadores”, disse o prefeito na época.
A denúncia aponta que a Prefeitura de Vinhedo pagou mais caro que a Prefeitura de Valinhos em uma cesta com menos itens e da mesma empresa fornecedora.