O Instituto Sou da Paz lançou na semana passada mais uma edição do Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), que mede a exposição à violência nas cidades do estado de São Paulo com mais de 50 mil habitantes.
Neste ano, devido à pandemia da covid-19, pela primeira vez o índice foi calculado a partir de uma análise do primeiro semestre do ano. Em números gerais o Estado teve queda de 11% no IECV. Vinhedo se destacou entre as cidades mais seguras de São Paulo.
No entanto, vale ressaltar também que por causa da pandemia houve alteração significativa dos registros. “Devido à quarentena, houve uma profunda mudança na circulação e comportamento das pessoas que afetou o fenômeno criminal, tornando necessário um olhar detalhado e uma maior atenção dos gestores públicos para o período”, comentou Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.
O IECV é calculado a partir da média ponderada de três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo – outros, roubo de veículo e roubo de carga). São analisados, segundo esses critérios, os 139 municípios do estado com ao menos 50 mil habitantes.
Vinhedo ficou entre as 10 cidades do Estado com menor exposição a crimes violentos e entre as três mais seguras da Região Metropolitana de Campinas. A melhor cidade de São Paulo no índice é o município de Matão, seguida de São José do Rio Pardo, Nova Odessa, Tupã, Monte Alto, Santa Bárbara D’Oeste e Vinhedo, enquanto o pior índice, segundo o instituto, foi verificado em Itanhaém.
No IECV Vida, Vinhedo obteve o índice 0,12; no IECV Dignidade Sexual, 3,96; e no IECV Patrimônio, 0,98.
Melhor primeiro semestre desde 2014
Dentro da mesma metodologia, o Instituto Sou da Paz avaliou os índices dos municípios desde 2014, sendo que Vinhedo obteve seu melhor resultado exatamente agora, em 2020, no momento de pandemia da covid-19.
Em 2014, a cidade obteve o índice 4,03. Em 2015, melhorou e foi a 3,12. Nova melhora em 2016, desta vez com 2,23. Uma pequena oscilação em 2017, quando o índice foi a 2,84, e desde então vem recuando, com 2,35 em 2018, 1,72 em 2019, e 1,53 em 2020, lembrando que, quanto menor a exposição a crimes violentos, menor o índice e mais perto de zero.