Bancários de Campinas e região rejeitaram em assembleia realizada nesta semana o reajuste salarial de 6,5%, mais abono de R$ 3 mil, proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aprovaram greve a partir da próxima terça-feira, 6.
A proposta da Fenaban, apresentada durante a quarta rodada de negociação realizada no último dia 29, em São Paulo, representa 68% da estimativa de inflação acumulada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016 (9,57%). Os bancários reivindicam reajuste de 14,78%, que inclui 5% de aumento real.
Os bancários reivindicam piso salarial de R$ 3.940,24 vale alimentação e vale refeição, cada um no valor de R$ 880,00 ao mês, melhores condições de trabalho, além de outras melhorias.
Confira abaixo as principais reivindicações da categoria:
Principais reivindicações
Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90
Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo)
Vale refeição no valor de R$ 880,00 ao mês
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Carreira: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Segurança: Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).