Nutrigenética ajuda a melhorar a alimentação de cada um

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Está crescendo o conceito Genômica Nutricional, baseada em mapeamento genético e no estudo de como os genes interagem com determinados nutrientes, seja para o bem ou para o mal. Tal conhecimento é essencial para se evitar doenças graves, como diabetes, cardiopatias e câncer, bem como para manter a aparência jovem por mais tempo e até para auxiliar no emagrecimento.

Abordar como a alimentação nos ajuda a ter uma vida mais saudável e prolongada não é assunto novo. Mas a Nutrigenética vai além. Considerada uma ciência relativamente nova dentro da área da nutrição (promove interface entre genética, nutrição molecular, biologia molecular, farmacogenética e medicina molecular), o conceito está baseando no estudo de como pequenas alterações na sequência de genes podem modular, em alguma extensão, o metabolismo, fazendo com que os indivíduos respondam em graus diferentes à ingestão de determinados nutrientes.

“Ela estuda como a influência da variabilidade genética interfere na resposta individual à alimentação. De maneira mais simples, isso quer dizer como o nosso DNA responde a nossa alimentação e o que e quanto devemos comer para postergar ou reduzir o risco do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principalmente síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer”, explica a nutrigeneticista do Centro de Genomas, Tatiane Mieko Fujii.

A primeira etapa para elaboração de recomendações nutricionais individualizadas, baseadas no genótipo e capazes de reduzir o risco de algumas doenças, promover a saúde e proteger contra o envelhecimento precoce, é o estabelecimento da relação entre uma determinada variação genética e o problema em si. “Por exemplo, no caso de fenilcetonúria, que resulta de uma mutação específica no gene que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase, o paciente acumula fenilalanina (parte integral de todas as proteínas do corpo) no sangue devido à incapacidade de metabolizar esse aminoácido em tirosina (que participa da síntese de melanina). Uma intervenção nutricional logo nos primeiros dias de vida pode reduzir as complicações decorrentes do mal, garantindo ao paciente um desenvolvimento psicomotor normal, sem convulsões, hiperatividade, tremor e microcefalia, que são consequências comuns desta doença”, argumenta a especialista.

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