Especialista recomenda autoexame para identificar mudança em pintas a cada três meses. Mudanças nessas marcas espalhadas pelo corpo podem indicar câncer de pele, tumor mais incidente no Brasil. Somente em 2012, foram registrados 140 mil novos casos da doença. Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer – Inca.
Chamadas de nevos melanócitos, congênitas ou adquiridas, as pintas apresentarem tamanho e colorações variadas. Em geral, aparecem principalmente em pessoas de pele clara e nas que passam mais tempo expostas ao Sol. “A maioria dos nevos costumam ser benignos, mas é importante prestar atenção em mudanças nesses marcas pelo corpo. Antes ou depois de entrar no banho, na hora de passar o hidratante, adote o hábito de checá-las”, recomenda a dermatologista Erica Monteiro.
Esse ritual de observação, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, deve ser feito a cada três meses. Mas o que procurar? Leve em conta quatro sinais de alerta (a regra do ABCD – iniciais das seguintes características – que pode te ajudar a saber o que procurar):
– Assimetria: checar se antes a pinta era redonda e está ficando assimétrica
– Bordas: ver se as extremidades da pinta estão ficando irregulares
– Coloração: observar se numa mesma pinta começarem a surgir várias cores ao mesmo tempo, como preto, cinza e/ou tons de marrom
– Tamanho: notar se a pinta está crescendo ou diminuindo
Para esse autoexame, lembra Erica, um espelho pode ajudar a enxergar aquelas pintas em locais inacessíveis ou é possível contar com a ajuda de outra pessoa.
Se houver dúvidas, o ideal é procurar um dermatologista, que poderá fazer uma dermatoscopia digital, exame que analisa a pele ampliada e faz a classificação das pintas de acordo com uma nota ou um score.
Estudos apontam que caso não seja tratado em um ano do aparecimento da lesão, o melanoma pode ser fatal em 75% dos casos. Já, entre os tipos não melanoma, os mais comuns e menos agressivos, estão o carcinoma basocelular (70% dos casos, originário nas células dos folículos pilosos) e o carcinoma epidermoide (25% dos casos, originário na camada espidérmica da pele).