Muitas pessoas já ouviram falar das doenças arteriais coronarianas. Mas o que poucas sabem é que estas enfermidades graves podem ser prevenidas, na grande maioria dos casos, com hábitos saudáveis de vida. “O entupimento das artérias do coração é um processo que se inicia antes do nascimento, mas que pode ser controlado. Muitas vezes, o grau de obstrução produzido pode até regredir”, esclarece o cardiologista Alberto Fonseca.
O médico acrescenta que evitar os fatores de risco, como fumo, sobrepeso, sedentarismo, estresse, bem como controlar os níveis de pressão arterial e glicemia ajuda a adiar o aparecimento deste tipo de doença. Ele explica, ainda, que o desenvolvimento das doenças coronarianas se dá pelo crescimento do depósito de gordura nos vasos sanguíneos, o que afeta a artéria coronária, responsável pela distribuição de oxigênio e outros nutrientes ao músculo cardíaco.
“A obstrução desta artéria impede a circulação adequada do sangue, o que, consequentemente, gera uma diminuição do oxigênio que chega ao coração (isquemia miocárdica). De acordo com a intensidade deste processo, pode-se ter um quadro que varia desde angina até infarto”, detalha o especialista.
Para normalizar a circulação sanguínea, é recomendado utilizar, além das medicações de uso regular, dois tipos de tratamento: cirurgia ou angioplastia com implante de stent. “Na cirurgia, são utilizadas veias ou artérias do próprio paciente para fazer a revascularização, evitando a lesão culpada. Já na angioplastia, utiliza-se stents, que são pequenas próteses de metal colocadas no local da lesão sem a necessidade de abrir o peito da pessoa, como no caso da cirurgia. O procedimento cirúrgico, em alguns casos, pode ter um resultado mais duradouro”, comenta o cardiologista.
O cardiologista esclarece que o tratamento é decidido pelo médico, de acordo com o caso do paciente. “Ambos os métodos são analisados por uma equipe multidisciplinar, que irá definir a melhor forma de tratar a doença. Vale lembrar que alguns casos podem ser tratados apenas com a ingestão de medicamentos, que combatem o colesterol, porém esse tratamento será contínuo e regular, ou seja, para o resto da vida”, conclui o médico.