Neste domingo, à 00h, chega ao fim o horário de verão de 2014, medida criada para aproveitar a luz solar e promover economia de energia. O retorno ao padrão pode gerar desconfortos para o organismo de algumas pessoas durante os primeiros dias. Confira algumas dicas com a clínica geral e geriatra Rossana Maria Russo Funari para se adaptar com maior facilidade.
“O individuo pode sentir um mal-estar, dificuldade para dormir no horário habitual (o horário do relógio) e sonolência diurna”, revela a especialista. Em alguns casos, esses sintomas podem incluir alterações de humor e de hábitos alimentares. “Isso tudo devido a uma mudança do ritmo circadiano do organismo.” Em geral, o processo de readaptação total do indivíduo às condições basais leva quatro dias.
Mas engana-se quem pensa que os efeitos são os mesmos sentidos pelo corpo humano durante o “jetlag”, famosa fadiga de viagem ocasionada por mudanças no fuso. “No horário de verão, as mudanças neste ritmo são mais suaves e não causam tantas consequências na maioria das pessoas. Já no jetlag, temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano, mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário.”
Para evitar problemas nesse período, a médica Rossana recomenda, na medida do possível, preparar-se para dormir, mais ou menos, no horário de sempre (do relógio). “Uma boa dica é dormir com as janelas abertas, pelo menos, nos primeiros dias para que seja possível acordar naturalmente com a claridade.” Isso ajudaria na sincronização dos relógios físico e biológico. Outra recomendação é não dirigir por várias horas seguidas (por exemplo, pegar estradas), durante os dias em que a pessoa estiver mais sonolenta e fadigada.