No Brasil, a primeira causa de morte e incapacidade é o acidente vascular cerebral – AVC. A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem com a doença. “De acordo com estudos, uma a cada seis pessoas no mundo terá um AVC durante a sua vida, mas isso pode ser prevenido através da informação.”, explica o vice-presidente da Academia Brasileira de Neurologia – ABN, Rubens José Gagliardi,
A especialista Sheila Martins informou que o número de casos de AVC pode diminuir amplamente se os fatores de risco forem controlados. Outra forma de minimizar as ocorrências de morte por AVC é garantir que os centros hospitalares sejam especializados e organizados, dispondo de equipe médica ágil e bem treinada, com neurologistas disponíveis para o atendimento aos pacientes.
Ao longo dos últimos 20 anos, surgiu uma série de novidades em prevenção do AVC e hoje em dia já é possível precaver aproximadamente 90% dos casos. Sheila alerta que o mais importante é controlar os fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e fibrilação atrial.
“Descobrimos que a aspirina diminui o risco de AVC isquêmico em 20%. Quem já teve um AVC deve usar de forma contínua o medicamento pra evitar que outro acidente eventualmente aconteça”, relatou a especialista.
Já a pressão alta, fator de risco mais comum, tanto para o AVC isquêmico quanto para o hemorrágico, quando tratada, diminui em mais de 50% a probabilidade do acidente.
“Quanto ao colesterol alto, muitos dizem que para reduzi-lo basta a prática de exercício físico, quando na verdade é uma indicação equivocada. Sabe-se hoje que o colesterol alto durante muito tempo acaba lesando a parede do vaso sanguíneo, o que pode causar uma obstrução da circulação ao longo da vida, no coração ou no cérebro”, alerta. Evitar frituras, reduzir a ingestão de carne vermelha e substituir molhos calóricos, como maionese e cremes são dicas para o combate do colesterol alto.